Estudantes de medicina ficam sem roupa em jogo de vôlei feminino
Grupo com cerca de vinte homens abaixaram as calças e tocaram suas partes íntimas em competição esportiva entre faculdades
Imagens gravadas em maio que só foram divulgadas recentemente mostram estudantes de medicina da Universidade de Santo Amaro (Unisa), em São Paulo, sem roupa durante uma partida de vôlei feminino da Intermed, competição esportiva entre faculdades de medicina.
- Em gravações divulgadas nas redes sociais, cerca de 20 homens correm pela quadra com as calças abaixadas. Na ocasião, eles tocaram suas partes íntimas em uma "masturbação coletiva". Em outro vídeo, eles repetem o ato enquanto assistem ao jogo de vôlei.
- Os vídeos ganharam repercussão nas redes sociais e internautas estão pedindo posicionamento da Unisa sobre o ocorrido. Personalidades como Felipe Neto e a deputada Marisa do MST (PT) também exigiram uma atitude da faculdade e mostraram a sua indignação.
- Segundo Marina, os estudantes foram expulsos dos jogos universitários. "Parte do time de futsal masculino da Unisa foi expulso dos jogos universitários porque simularam uma masturbação coletiva em dois momentos do campeonato. O ato se configura como importunação sexual e deve ser encarado com a seriedade que merece", escreveu ela.
Parte do time de futsal masculino da Unisa foi expulso dos jogos universitários porque simularam uma masturbação coletiva em dois momentos do campeonato. O ato se configura como importunação sexual e deve ser encarado com a seriedade que merece.
— Marina do MST (@marinadomst) September 17, 2023
- Em uma reportagem do site UOL publicada em 2022, foi revelado que a prática é uma "tradição" realizada pelos internos de medicina da Unisa.
- A deputada Marina do MST ainda afirmou que o ato se enquadra no artigo 215 do Código Penal como crime de importunação sexual. A pena prevista é de 1 a 5 anos de reclusão. Definido pela Lei n. 13.718/18, o crime de importunação sexual "é caracterizado pela realização de ato libidinoso na presença de alguém de forma não consensual, com o objetivo de 'satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro'".
- A atlética de medicina da Unisa publicou uma nota sobre o ocorrido e disse que as "filmagens não representam os princípios e valores" da atlética. "Não toleramos ou compactuamos com qualquer ato de abuso ou discriminatório", escreveu.
- O Terra NÓS entrou em contato com a Unisa pedindo um posicionamento sobre o ocorrido e o que será feito em relação ao ato de importunação sexual realizado pelos estudantes. A matéria será atualizada caso a instituição responda.