Evento aberto lança pesquisa sobre desigualdades de raça e gênero no acesso à alimentação
O estudo é parte do projeto "Equidade e saúde nos sistemas alimentares", realizado pela FIAN Brasil com apoio da Global Health Advocacy Incubator (GHAI) Texto: Bárbara Cavalcante | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Na próxima terça-feira (19), a FIAN Brasil, braço local de uma organização internacional pelo direito humano à alimentação e à nutrição adequadas, realizará um evento virtual e aberto ao público para apresentar o sumário e o livro "Prato do Dia: Desigualdades - Raça, Gênero e Classe Social nos Sistemas Alimentares".
O propósito da pesquisa da FIAN Brasil é identificar os obstáculos e possibilidades relacionados às manifestações e estratégias para mitigar as desigualdades e disparidades nos sistemas alimentares.
Com o suporte da Global Health Advocacy Incubator (GHAI), a pesquisa realizada ao longo de 2022 e 2023 examina como diversos setores da sociedade civil abordam as desigualdades, sobretudo as relacionadas ao gênero, raça e classe social, no contexto da alimentação no Brasil. Além disso, investiga como essas disparidades se manifestam com base nos dados coletados na Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"Chamamos atenção para o fato de que, dentro do grupo de pessoas colocadas em situação de maior desigualdade e vulnerabilidade social no campo da alimentação, temos aquelas que são ainda mais expostas. As pessoas negras, e as mulheres — principalmente as negras — sofrem mais com todas as formas de insegurança alimentar", disse, à Alma Preta Jornalismo, Veruska Prado, coordenadora do estudo e pesquisadora da Universidade Federal de Goiás (UFG).
A especialista apontou ainda que os resultados do estudo mostram a necessidade da ampliação do acesso global à alimentação no Brasil. "Por menos desigualdade no viver", defendeu.
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