Ex-freira fala sobre caso de abuso de jesuíta; ordem busca testemunhas
Ela descreveu como o padre usou seu controle "psicoespiritual" sobre ela cerca de três décadas atrás para fazer sexo, incluindo sexo grupal
Um caso de abuso sexual envolvendo jesuítas ganhou novas implicações depois que uma ex-freira descreveu como suas queixas contra um padre proeminente foram ignoradas, o que levou a ordem religiosa a instar outras pessoas a apresentarem possíveis evidências.
A mulher, agora com 58 anos, contou ao respeitado jornal investigativo italiano Domani, no domingo, sobre o suposto abuso que sofreu por parte de Marko Ivan Rupnik, um padre esloveno conhecido na Igreja por suas obras de arte.
Ela descreveu como o padre usou seu controle "psicoespiritual" sobre ela cerca de três décadas atrás para fazer sexo, incluindo sexo grupal, e assistir a filmes pornográficos. Na época, ele era diretor espiritual de um convento na Eslovênia.
Rupnik está no centro do escândalo que envolveu os jesuítas, uma ordem católica de padres e irmãos, da qual o papa Francisco é membro.
As declarações da ordem foram contraditórias, deixando muitas perguntas sem resposta. Alguns jesuítas importantes pediram uma revisão completa de como a ordem e o Vaticano têm lidado com o caso.
Repetidas tentativas de entrar em contato com Rupnik por meio de sua escola de arte religiosa em Roma não tiveram sucesso e ele não respondeu às mensagens deixadas lá.
No domingo, os jesuítas efetivamente reabriram o caso, postando uma carta em seu site pedindo a qualquer pessoa que desejasse fazer novas reclamações ou discutir as existentes que os contatasse.
Ligações para a assessoria de imprensa jesuíta para comentários sobre os últimos acontecimentos ficaram sem resposta nesta segunda-feira.