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Ex-mulher de Daniel Alves se arrepende de defender jogador em caso de agressão sexual: 'Fui usada'

'Para mim, ele morreu', diz a empresária ao admitir que 'as falas sobre sua defesa foram ensaiadas'

5 out 2023 - 13h02
(atualizado às 13h58)
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Ex-mulher de Daniel Alves diz se arrepender de ter defendido o lateral e afirma que as entrevistas que concedeu ao longo de 2023 foram "ensaiadas"
Ex-mulher de Daniel Alves diz se arrepender de ter defendido o lateral e afirma que as entrevistas que concedeu ao longo de 2023 foram "ensaiadas"
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Acusado de estupro de uma jovem em uma balada de Barcelona em dezembro, Daniel Alves pode ser julgado ainda neste mês na Justiça espanhola. Preso desde o início de 2023, o jogador de 40 anos contou com o apoio da ex-mulher e parceira de negócios Dinorah Santana ao longo dos últimos meses, mesmo estando separados há 12 anos. Nesta semana, ela diz se arrepender de ter defendido o lateral e afirma que as entrevistas que concedeu ao longo de 2023 foram "ensaiadas".

Em diversas oportunidades, Dinorah afirmou, publicamente, que confiava na inocência do jogador, que está preso em Barcelona, no presídio Brians 2, desde o dia 20 de janeiro. Em fevereiro, disse que colocaria sua "mão e corpo" no fogo pelo ex-marido. "Há estupradores condenados nas ruas. Dani não é estuprador, como ele está preso? Isso é o que não me entra na cabeça", disse, em entrevista ao canal Telecinco. A reportagem do Estadão entrou em contato com a assessoria de Daniel Alves, mas não obteve resposta até o momento desta publicação. Caso ocorra, a matéria será atualizada.

Ao portal Uol, Dinorah relembrou essas últimas entrevistas e diz se arrepender das palavras que utilizou e do que disse em defesa de Daniel Alves. "Ajudei por ser o pai dos meus filhos e me arrependo justamente porque ele parece não se importar com isso. Sinto que fui usada, colocada como uma boneca para repetir frases. Disseram: 'Traga as crianças para Espanha, venha', e eu fui. Advogados me passaram falas decoradas no aeroporto, para falar com os jornais, e eu fiz. Na hora só pensei que o certo era defendê-lo. Mas quando eu não fui mais interessante para ele e nem para seus advogados, ele sumiu", afirmou.

Dinorah se mudou com os filhos Daniel, de 17 anos, e Vitória, de 16, para Barcelona neste ano. A ideia dos advogados era utilizar a família do jogador para conquistar a liberdade provisória de Daniel Alves enquanto ele aguardava o término das investigações e o julgamento na Justiça espanhola. "A minha expectativa é ficar o mais longe possível do senhor Daniel. Nada que ele faça ou deixe de fazer importa. Ele não existe mais. Cheguei a defendê-lo publicamente e me arrependo muito. Hoje não quero saber de sua existência. Para mim, ele morreu", disse.

"O Daniel que foi casado comigo, aquele homem que ficou 10 anos ao meu lado não seria capaz de uma agressão, e por isso eu o defendi. Mas o homem com quem fui casada também não faria o que fez com os nossos filhos. Então, não tenho mais como opinar. Me separei dele há 12 anos. Não achava que ele seria capaz de muitas coisas, e ele fez." Dinorah afirma que sua família sofre ataques nas ruas e que foi traída pelo jogador enquanto foram casados, entre 2008 e 2011.

Nova advogada

Preso na Espanha por agressão sexual desde janeiro, o jogador brasileiro será, a partir de agora, representado no processo por Inés Guardiola, de acordo com o Canal Cuatro. Segundo a imprensa espanhola, a profissional já teria se encontrado com o lateral e tem a autorização de Cristóbal Martell, antigo advogado do brasileiro, para assumir o processo.

O desejo de mais uma troca em sua defesa partiu da vontade de Daniel Alves e de pessoas próximas ao brasileiro. A escolha por Martell para o processo - para assumir o lugar de Miraida Pontes, que foi a primeira no caso - não era vista totalmente como positiva. Apesar de conhecido por grandes casos na Justiça, Martell não tinha tanta experiência com casos de crimes sexuais, como é o de Daniel Alves.

Relembre o caso

O caso teve sua primeira repercussão na imprensa espanhola ainda no ano passado. No dia 31 de dezembro, o diário ABC revelou que Daniel Alves teria violentado sexualmente uma jovem na boate Sutton no dia anterior. A mulher esteve acompanhada por amigas a todo o instante e a equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã (Mossos d'Esquadra), que colheu o depoimento da vítima.

No dia 10 de janeiro, a Justiça espanhola aceitou a denúncia e passou a investigar o jogador brasileiro que por muitos anos defendeu a camisa do Barcelona. Inconsistências nas versões dadas pelo atleta à Justiça, além da possibilidade de fuga do páis europeu, fizeram com que a juíza Maria Concepción Canton Martín decretasse a prisão de Daniel Alves no dia 20 de janeiro, uma sexta-feira, após prestar depoimento.

O Juizado de Instrução 15 de Barcelona conduz a investigação. Nas contradições, Daniel Alves chegou a dizer que não conhecia a mulher que o acusava; depois, revelou que houve relação sexual com ela, mas de forma consensual. O pedido do Ministério Público para que o atleta fosse detido aconteceu também por causa de um possível risco de que ele "fugisse" da Espanha, em meio à condução do processo.

Estadão
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