Ex-mulher de Thiago Wild se posiciona após repercussão do tenista: 'Virou a melhor pessoa do Brasil?'
Influenciadora Thayane Lima denunciou o atleta por violência doméstica e explicou que processo criminal está parado na Justiça
Apesar de ter entrado para a história do tênis brasileiro nesta semana com suas vitórias no Roland Garros, Thiago Wild segue sem responder a um processo em que é acusado de violência doméstica pela ex-mulher, a influenciadora digital Thayana Lima. Após a repercussão do desempenho dele, ela se posicionou e deu detalhes dos trâmites da denúncia na Justiça em entrevista ao jornal O Globo.
O processo corre em segredo de Justiça, no entanto, os oficiais não conseguiram encontrar o tenista para que ele fosse intimado em nenhum dos endereços informados até o momento.
"Fiquei surpresa com tanta repercussão porque as pessoas esquecem. Ele estava melhorando no tênis e ninguém falava mais disso (processo). Eu não o acompanho, não me interessa, então nem sabia da vitória. Mas depois da forma grosseira como ele respondeu sobre o processo a um repórter alemão muita gente me procurou. Imagine como ele me tratava, se foi arrogante numa coletiva mundial?", disse Thayane em entrevista exclusiva ao O Globo.
Em seguida, ela falou sobre o sentimento de indignação: "Fiquei um pouco indignada, confesso. Porque à época fui muito clara e mostrei as coisas que ele fez comigo, via Instagram. Mostrei com aval da minha advogada a questão da violência psicológica e física. Mas também prints de colocações dele de cunho machista, racista e nazista. Gente, é muito absurdo. Tudo isso é "apagado" porque ele ganhou um jogo? Ele virou a melhor pessoa do Brasil? O Brasil o abraça?".
Ao jornal, a influenciadora também relatou os traumas que teve após tudo que viveu ao lado do atleta e afirmou que antes deles se relacionarem ela já tinha uma boa qualidade de vida, era independente e morava na Barra da Tijuca, no Rio.
Segundo Thayane, após o nome do tenista voltar a fazer sucesso nos últimos dias, ela foi bastante julgada na internet, onde começaram a surgir questionamentos como: "Cadê a ex agora?".
"Gente, como assim? A vítima sou eu — diz: — O que mais me incomoda são comentários do tipo: "não interessa o que ele fez fora da quadra". Se for seguir esta lógica, vamos idolatrar o goleiro Bruno? (condenado em 2013 a 23 anos e um mês de prisão por homicídio, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado da modelo Eliza Samúdio, mãe de seu filho) São crimes distintos, eu sei. Thiago não foi condenado, eu sei. Mas o processo existe e ele ainda não foi citado porque não o acham", disse ao jornal.
Ainda em entrevista ao O Globo, ela relembrou as agressões físicas e psicológicas que relata ter vivido e fez uma crítica à Associação dos Tenistas Profissionais (ATP):
"Não entendo como a ATP permite que ele jogue. Tinha de ter alguma posição sobre isso. Até para ser motorista de aplicativo é preciso apresentar antecedentes criminais. E um dos alicerces do esporte não é ser contra a violência? Se ele foi denunciado em seu país, por que não o coloca na geladeira? Não estou falando em banimento, estou falando em esperar pelo processo", lamentou ela.