Ex-namorado que ateou fogo em atleta olímpica de Uganda morre após se queimar em ataque
Maratonista que competiu nos Jogos Olímpicos de Paris foi morta pelo ex, que invadiu sua casa
O ex-namorado da atleta Rebecca Cheptegei, de Uganda, suspeito de matá-la após atear fogo em seu corpo, morreu nesta terça-feira, 10, no hospital, após também se queimar no ataque contra a atleta. A informação foi confirmada pelo jornal The Star, do Quênia, onde o caso aconteceu.
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Segundo informações da agência de notícias Reuters, Dickson Ndiema estava internado em um hospital queniano devido às queimaduras que sofreu no ataque que matou a ex-companheira.
A maratonista Rebecca Cheptegei morreu na quinta-feira, 5, quatro dias depois que o suspeito invadiu sua casa e colocou fogo em seu corpo.
Entenda o caso
A atleta disputou a maratona nos Jogos Olímpicos de Paris em agosto e terminou na 44ª posição. Ela morreu por volta das 5h30 locais, conforme anunciou Kimani Mbugua, diretor da UTI do Moi Teaching and Referral Hospital (MTRH) na cidade de Eldoret, no Quênia.
Os ferimentos causados pelo fogo cobriram a maior parte de seu corpo, levando à falência de múltiplos órgãos, segundo o médico.
O ex-namorado teria invadido a casa de Rebecca no dia 1º de setembro, enquanto ela estava na igreja com as filhas. A atleta vivia com a irmã e as duas filhas em uma casa em Endebess, no Quênia, a 25 km da fronteira com Uganda.
Quando elas voltaram da igreja, Dickson jogou gasolina no corpo dela e ateou fogo na frente das filhas, de 9 e 11 anos, segundo relatou o jornal The Standard. O boletim policial afirma que o ex-casal tinha constantes discussões familiares.
Autoridades do esporte e ativistas dos direitos das mulheres condenaram o assassinato. O presidente do Comitê Olímpico de Uganda, Donald Rukare, denunciou em uma mensagem no X, antigo Twitter, "um ato covarde e sem sentido que provocou a perda de uma grande atleta". "Condenamos de modo veemente a violência contra as mulheres", afirmou.
A confederação de atletismo do Quênia, 'Athletics Kenya', disse que "a morte prematura e trágica é uma perda profunda" e pediu "o fim da violência de gênero".