Exclusão de autistas por falta de conhecimento é inaceitável
Seminário online sobre formação, sensibilização e conscientização reuniu cinco mil pessoas. Evento foi organizado pelo Instituto AutismoS com a ONDA-Autismo e a UNIASSELVI.
"Tudo o que não entendem ou não sabem lidar, as pessoas acabam excluindo, por falta de conhecimento. Isso não pode acontecer", afirmou João Vitor Ferreira, formador do Instituto AutismoS, durante a quarta edição do Seminário Nacional AutismoS, evento online gratuito que teve a participação de mais de 5 mil pessoas.
Também se apresentaram a designer Tábata Cristine, da ONDA-AutismoS, a professora Ana Flávia Oliveira, a psicoterapeuta Viviane de Leon e a médica Déborah Kerches, especializada em Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Viviane de Leon falou sobre o acompanhamento de crianças autistas. Segundo a especialista, uma pesquisa do UNC Autism Research Center - The University of North Carolina at Chapel Hill (EUA) revelou que, a cada 44 nascimentos, uma criança é diagnosticada com autismo.
"A família, geralmente, se desespera quando recebe esse diagnóstico e muda a forma de se portar com a criança, afasta essa criança da sociedade", disse a psicoterapeuta. "Esse responsável precisa estar próximo e acompanhar cada passo de perto. Estudos comprovam que o acompanhamento familiar melhora o desenvolvimento", destacou.
Deborah Kerches chamou a atenção para as comorbidades que podem afetar pessoas autistas. "Uma criança autista pode apresentar outros transtornos, como déficit de atenção, hiperatividade e distúrbio motor da fala, que podem agravar a condição da pessoa", comentou a médica. "É importante identificar esse quadro o quanto antes para fazer o acompanhamento correto e proporcionar melhor qualidade de vida", completou.
O seminário completo, organizado pelo Instituto AutismoS com a ONDA-Autismo e a UNIASSELVI, está liberado no YouTube.