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Exilada na França por defender direitos das mulheres, atleta afegã recebe três mil ameaças em 48 horas

Marzieh Hamidi contou que não se sente mais segura em Paris

17 set 2024 - 19h27
(atualizado às 20h11)
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Marzieh Hamidi vive em Paris após deixar o Afeganistão
Marzieh Hamidi vive em Paris após deixar o Afeganistão
Foto: Reprodução/Instagram/Marzieh Hamidi

Marzieh Hamidi foi campeã de taekwondo no Afeganistão, mas isso não significa que ela pode ficar segura no País. Grande crítica do Talibã, a lutadora precisou se exilar na França quando o grupo assumiu o poder em 2021. 

Mesmo longe, ela continua sendo vítima de ameaças. Recentemente, a atleta revelou ter recebido três mil ligações com ameaças em 48 horas. Os números eram do Afeganistão, Paquistão, Malásia, França e outros lugares do mundo. 

A situação de Hamidi piorou depois que ela publicou um vídeo denunciando o "apartheid de gênero" em seu País. Ela utiliza a #LetUsExist [Nos deixem existir, em tradução] em suas publicações como forma de ser “a voz de quem não têm voz dentro do Afeganistão".

O engajamento nas redes sociais, no entanto, resultou em uma série de ameaças. A primeira aconteceu um dia depois de uma entrevista em que, ao ser questionada sobre o time de críquete local, respondeu que eles estavam “normalizando o Talibã” e, por isso, “são um time de críquete terrorista, não um time nacional de críquete".

“No dia seguinte, eu estava em casa e recebi a primeira ligação. Ele me disse: 'Tenho seu endereço em Paris, apenas esteja ciente de que eu o encontrarei”, contou ao canal RFI.

Mesmo sob proteção policial desde o início deste mês, a afegã sabe que não está segura na França: “Agora, estou sob proteção policial, mas perdi minha liberdade, perdi minha segurança. Não me sinto mais segura em Paris”. 

Isso, porém, não fará com que ela desista de protestar contra o grupo que comanda o Afeganistão: “Se eu ficar em casa chorando, triste e com medo, eles vencem. É muito difícil. Mas eu estive no Afeganistão, lutei contra o Talibã nas ruas de Cabul. Sou uma lutadora, então não posso desistir”.

Em meio às ameaças, Hamidi  também tem recebido mensagens de apoio de mulheres do Afeganistão: "Elas me disseram que não podem levantar a voz no Afeganistão e querem que eu seja a voz delas”, completou.

Fonte: Redação Terra
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