Família acusa motorista de aplicativo de intolerância religiosa ao sair de evento de candomblé
Motorista se recusou a fazer viagem com pessoas vestidas com trajes da religião de matriz africana
Uma família do Rio de Janeiro acusa um motorista de aplicativo de negar uma viagem por intolerância religiosa. O caso aconteceu no último sábado, 29, no município de Duque de Caxias, região da Baixada Fluminense.
Segundo imagens divulgadas pela TV Globo, é possível ver quatro pessoas aguardando o veículo, sendo que três delas estavam com roupas tradicionais do candomblé.
Quando o carro chega, uma das mulheres vestida com uma camiseta e uma calça branca, abre a porta do carona, ao lado do motorista para entrar.
Em seguida, uma das crianças, vestida com roupa tradicional do candomblé, abre a porta do passageiro, logo atrás do motorista. Nesse momento, é possível ver que o motorista faz algum sinal para criança e para as outras pessoas, sugerindo que não as levaria.
A mulher, que é avô das crianças e estava embarcando do carro, salta do banco e o motorista segue viagem sem levar as passageiras.
“Quando ele viu que minha nora e as meninas estavam com a roupa e se aproximando do carro, não deixou. Olhou para as meninas de cima a baixo e não deixou. E eu achei que isso foi um preconceito grande”, disse Vera Lúcia da Rocha à TV Globo.
Um boletim de ocorrência foi registrado na 59ª DP em Duque de Caxias. O caso é investigado pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).
Segundo o portal g1, a delegada que comanda as investigações, Rita Salim, deve ouvir a família novamente e está buscando localizar o motorista de aplicativo envolvido no caso.