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Famosas no OnlyFans dão dicas para ter um perfil de sucesso

Sem se importar com julgamentos, elas dividem bastidores e já faturam na casa de cinco dígitos

18 mar 2024 - 17h30
(atualizado às 17h34)
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Plataforma é um espaço de assinaturas para compartilhamento de conteúdo adulto.
Plataforma é um espaço de assinaturas para compartilhamento de conteúdo adulto.
Foto: Natalia Nunes/ Casa Lab

Criada em 2016, a plataforma OnlyFans, criada na Inglaterra, é um espaço de assinaturas para compartilhamento de conteúdo adulto. A  audiência realiza o pagamento de criadores, que fornecem fotos e vídeos para obter o conteúdo exclusivo. 

Famosas como a atriz Rita Cadillac, a ex-BBB Lumena Aleluia e as cantoras Mc Mirella, Mulher Melão, Lumena Aleluia e Tati Zaqui têm perfis ativos. Quem também fatura por lá é Anitta, que, segundo uma estimativa realizada pela atriz Elisa Sanches, que também está na plataforma, teria ganhado mais de R$ 9 milhões. 

Assim como as famosas, muitas mulheres estão faturando na plataforma. Era pandemia, e Kawence, carioca de 29 anos, não estava mais conseguindo exercer seu ofício de contadora. "Não tinha nenhuma independência financeira, fiquei desempregada por conta da covid-19, estava morando com meus pais. Como sempre trabalhei com internet e já era influenciadora, pensei que poderia ganhar um dinheiro extra até as coisas se normalizarem", relembra. A alternativa encontrada por ela foi criar uma conta no OnlyFans e passar a vender conteúdo na plataforma. A estratégia deu tão certo que Special Kaw, como é conhecida, nunca mais voltou a trabalhar com finanças. Atualmente, ela soma mais de 20 mil likes em seu perfil. 

"O momento mais marcante desde que eu comecei a vender conteúdo foi quando eu me mudei para São Paulo. Eu não tinha nada no meu apartamento, não tinha móveis, geladeira, nada. Tive que comprar tudo do zero. Vim praticamente só com as roupas do corpo, fiquei um mês morando em um lugar provisório até decidir alugar um apartamento. Agora, estou comprando a minha casa", comemora. 

Recentemente, a empresa divulgou lucro de quase 4 bilhões de dólares, além de uma base de usuários fiéis -  que aumentou 128% em 2022, ano mais lucrativo da história do site, e atingiu US$ 188 milhões. Dentre os usuários, engana-se quem acredita que apenas anônimos fazem sucesso por lá. 

Kawence não se sente confortável para divulgar valores exatos, mas garante já ter faturado mais de cinco dígitos na plataforma, que ela atualiza diariamente. Apesar de já ter trabalhado com fotógrafos e realizado editoriais profissionais, a criadora de conteúdo confessa que o engajamento costuma ser muito mais alto quando ela mesma produz tudo. "Fotos e vídeos mais naturais, sem toda aquela produção, geram muito mais proximidade", recomenda. 

Kawence conquistou independência financeira com sucesso no OnlyFans
Kawence conquistou independência financeira com sucesso no OnlyFans
Foto: Divulgação

Para ela, a melhor parte é poder trabalhar de qualquer lugar e conquistar independência financeira. "É um privilégio de poucos, principalmente com a realidade que vivemos no Brasil. Tem muita autonomia, você não fica presa, organiza os seus próprios horários". 

Há três anos na plataforma, Raphaela Sinopoli, 23, decidiu criar sua conta após receber dezenas de pedidos via Instagram. Atualmente, ela, que mora em São Paulo e é natural de Florianópolis, fatura R$ 5 mil por mês, em média. "As produções são  todas por minha conta, a maioria dos conteúdos sou eu mesma que faço sozinha. De vez em quando rola uma equipe por trás", afirma. A dica é alternar conteúdos caseiros com produções mais elaboradas. "Solto uma semana sim, uma semana não". 

Raphaela não consegue citar um lado ruim do trabalho. "Para mim, não tem uma parte que não seja boa. Nunca me senti julgada por ninguém, porque sempre foi uma escolha minha trabalhar nesse ramo. As críticas se tornam críticas construtivas, um incentivo para melhorar cada vez mais o meu trabalho", observa. 

Infelizmente, o sentimento da criadora de conteúdo não é tão coletivo assim. De acordo com uma pesquisa divulgada em julho de 2022 pela Santa Caliente, uma das maiores agências de modelos e criadoras de conteúdo adulto do Brasil, a maior parte das mulheres não se sente confortável em divulgar o ofício, nem mesmo para os amigos. Das 314 entrevistadas, 52,1% mantêm o trabalho em segredo. 

Kawence também já foi vítima de julgamentos, e acredita que isso sempre existiu. O que muda é que o atual formato das plataformas digitais trazem algum tipo de regulamentação para o conteúdo adulto.

"Faço fotos sensuais desde os meus 19 anos, esse olhar sempre esteve aí. A diferença é que antes éramos apenas marionetes dos homens, o dinheiro só ficava na mão dos fotógrafos. Agora, já fazemos sabendo que vamos nos beneficiar e temos o controle do início ao fim. Trabalhando com conteúdo sensual, que não precisa necessariamente ser explícito, você consegue ganhar bem, sem depender de ninguém para isso. Óbvio que vai ter julgamento e objetificação, tudo isso está ali misturado, mas ter uma conta no OnlyFans não é o mesmo que fazer pornografia", reflete. 

Aos críticos, a mensagem é clara: "acho que as pessoas deveriam cuidar mais da vida delas", finaliza. 

Fonte: Redação Nós
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