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Fiança milionária paga por Daniel Alves deve ser devolvida após absolvição

O ex-jogador foi absolvido pelo Tribunal da Catalunha após ser condenado por agressão sexual

28 mar 2025 - 15h21
(atualizado às 15h37)
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Resumo
O Tribunal da Catalunha anulou a condenação de Daniel Alves por agressão sexual em Barcelona em 2022, destacando falhas na sentença e absolvendo-o. A fiança de 1 milhão de euros paga para sua liberdade provisória deve ser restituída caso a absolvição prevaleça.
Daniel Alves é absolvido por tribunal da Espanha:

O ex-jogador de futebol Daniel Alves deve receber de volta o valor de 1 milhão de euros pagos como fiança para que ele pudesse responder ao processo em liberdade, quando ele ainda estava preso na Espanha pelo crime de agressão sexual. O caso aconteceu em 2022, quando Alves foi acusado de estupro por uma mulher, em uma boate de Barcelona. Nesta sexta-feira, 28, o Tribunal da Catalunha absolveu o ex-jogador por unanimidade.

A fiança paga por Alves deve ser devolvida a ele caso a absolvição seja mantida após o trânsito em julgado, segundo o advogado Eduardo Maurício, que atua no Brasil e na Espanha. Ainda há a possibilidade dele pedir indenização por danos morais e materiais.

"A fiança tem a função de garantir que o acusado cumpra as determinações judiciais enquanto responde ao processo. Se ele for absolvido, esse dinheiro deve ser restituído”, explica o especialista.

Daniel Alves
Daniel Alves
Foto: Zhizhao Wu/Colaborador/Getty Images

O professor Carlos Eduardo Rebelo, que ensina Direito Penal no Ibmec-RJ, explica que, tanto na Espanha quanto no Brasil, a fiança funciona como uma garantia para a liberdade do acusado e sua devolução é um direito caso não haja condenação definitiva.

Amigos teriam ajudado a pagar fiança

Um grupo de amigos teria ajudado a pagar a fiança milionária de Daniel Alves em março de 2024, segundo o jornal catalão La Vanguardia. Ele foi liberado da prisão Brians 2, na Espanha após o pagamento. 

De acordo com o La Vanguardia, para garantir a liberdade de Alves, a defesa dele conseguiu o valor estipulado pela Justiça por meio de empréstimos não bancários, ou seja, um grupo de amigos que deu o dinheiro. A advogada Inés Guardiola teria usado como garantia os 6,8 milhões de euros (R$ 36,6 milhões) que o jogador tem para receber do Fisco espanhol.

Daniel Alves
Daniel Alves
Foto: Jam Media/Colaborador/Getty Images

O nome dos amigos que teriam ajudado Alves não foram divulgados. O canal mexicano "TUDN" citou o atacante holandês Memphis Depay, do Atlético de Madrid, como parte do grupo que o ajudou, mas o advogado de Depay, que negou na época. O pai de Neymar Jr. também teria sido apontado como um dos amigos que teria ajudado Alves, mas ele negou envolvimento com o caso.

Com um patrimônio de cerca de R$ 300 milhões, o atleta enfrentou restrições para acessar parte de seus recursos devido a uma batalha judicial no Brasil com sua ex-mulher Dinorah Santana. Uma dívida de 500 mil euros com o Ministério da Fazenda espanhol também impediu o ex-jogador de fazer o pagamento.

Entenda o caso

O Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJC) anulou, nesta sexta-feira, 28, a condenação do ex-jogador Daniel Alves por agressão sexual contra uma mulher em uma boate de Barcelona, na noite de 31 de dezembro de 2022. A decisão foi unânime e revoga a sentença de 4 anos e 6 meses de prisão, imposta pela Seção 21 do Tribunal Provincial de Barcelona, em fevereiro de 2024.

O ex-lateral, que esteve preso preventivamente por mais de um ano e desde março cumpria a pena em liberdade provisória, teve o recurso aceito pela Seção de Apelações do TSJC. No acórdão, os magistrados destacaram falhas na fundamentação da sentença original, apontando que as provas não sustentavam a condenação.

Daniel Alves foi condenado por agressão sexual, na Espanha, em janeiro, mas teve liberdade concedida em março.
Daniel Alves foi condenado por agressão sexual, na Espanha, em janeiro, mas teve liberdade concedida em março.
Foto: @danialves via Instagram / Estadão

O Tribunal apontou lacunas, contradições e imprecisões na decisão de primeira instância. Um dos principais questionamentos foi a validação parcial do depoimento da vítima, mesmo após a própria sentença reconhecer que partes da sua narrativa eram inconsistentes e não condiziam com registros em vídeo.

A Divisão de Apelações criticou o que chamou de "salto argumentativo", já que a condenação se baseou apenas na parte do relato da vítima sobre a suposta penetração vaginal não consensual no banheiro da boate, sem uma corroboração rigorosa das provas periciais.

Diante dessas inconsistências, o TSJC determinou a absolvição de Daniel Alves, revogando todas as medidas cautelares impostas.

Fonte: Redação Terra
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