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FIFA abre investigação sobre cantos racistas de jogadores argentinos contra a seleção francesa

Momento foi transmitido por live no Instagram durante comemorações pela vitória da Copa América; canção faz menção à ancestralidade de jogadores franceses

17 jul 2024 - 06h45
(atualizado às 09h07)
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Enzo Fernandez, jogador da Argentina
Enzo Fernandez, jogador da Argentina
Foto: Reprodução

A Fifa anunciou nesta quarta-feira, 17, a abertura de uma investigação sobre os cânticos racistas de jogadores argentinos contra a seleção francesa durante as comemorações no ônibus do time após a vitória na final da Copa América. O caso também levou o clube inglês Chelsea a abrir um processo disciplinar contra o meio-campista argentino Enzo Fernández, que gravou e transmitiu ao vivo o vídeo que registrou a situação.

"A FIFA tomou conhecimento de um vídeo que circula nas redes sociais e o incidente é objeto de uma investigação", afirmou em um comunicado. "A FIFA condena firmemente todas as formas de discriminação, venham de onde vier, incluindo jogadores, adeptos e responsáveis", declarou a Federação, ao qual recorreu nesta terça-feira, 16, a Federação Francesa de Futebol (FFF).

Na segunda-feira, a transmissão das comemorações mostrou jogadores argentinos no ônibus do time iniciando um canto racista contra os franceses e logo em seguida a live sendo encerrada.

Enzo Fernandez cantos racistas Argentina seleção
Enzo Fernandez cantos racistas Argentina seleção
Foto: @enzojfernandez via Instagram / Estadão

A versão completa foi cantada por torcedores argentinos ao vivo na televisão durante a Copa do Mundo de 2022, no Catar, em que a Albiceleste venceu a França nos pênaltis. "Eles jogam pela França/mas são de Angola/que bom que eles vão correr/se relacionam com travestis/a mãe deles é nigeriana/o pai deles cambojano/mas no passaporte: francês", afirma a canção.

Os versos fazem menção a ancestralidade de jogadores franceses visto que muitos são filhos de imigrantes, e a um boato de que o atacante Kylian Mbappé já se relacionou amorosamente com uma mulher trans, a modelo Inès Rau.

Na terça-feira, a FFF anunciou que levaria o caso à FIFA e que apresentaria queixa à justiça "por palavras ofensivas de carácter racial e discriminatório". /AFP

Estadão
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