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Filha de deputado do PL foi vítima de feminicídio, conclui Polícia

Investigação aponta que ex-marido de Raquel Cattani foi mandante do crime e irmão dele, responsável por matar a empresária; os dois estão presos preventivamente

25 jul 2024 - 17h02
(atualizado às 17h28)
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Empresária Raquel Cattani, filha do deputado estadual Gilberto Cattani
Empresária Raquel Cattani, filha do deputado estadual Gilberto Cattani
Foto: @raquel_cattani via Facebook / Estadão

A Polícia Civil do Estado de Mato Grosso (PC-MT) concluiu que a empresária Raquel Cattani, filha do deputado estadual Gilberto Cattani (PL) foi morta pelo ex-cunhado a mando do ex-marido. Os dois foram presos preventivamente nesta quarta-feira, 24. O crime ocorreu na noite do último dia 18, no município de Nova Mutum, que fica a 240 quilômetros da capital Cuiabá.

O que é feminicídio? O que é feminicídio?

Segundo a PC-MT, o ex-marido de Raquel, Romero Xavier, planejou o crime por não aceitar o término do relacionamento. O autor do assassinato foi Rodrigo Xavier, que esfaqueou a empresária dentro da residência dela. Para simular um latrocínio, Rodrigo levou frascos de perfumes, um aparelho de som, o celular e a motocicleta da vítima. O caso é tratado pela Polícia como feminicídio.

Ainda segundo os investigadores, a faca utilizada no crime e a moto foram atiradas em um rio da cidade de Lucas do Rio Verde, que fica a 90 quilômetros de Nova Mutum. Rodrigo confessou a autoria do crime quando os policiais encontraram um frasco de perfume de Raquel na casa dele.

Deputado pediu 'respeito' ao ex-genro antes da elucidação do caso

Após o crime, Gilberto chegou a criticar, nas redes sociais, a veiculação de boatos de que o ex-genro estava envolvido no assassinato da filha. "Com o coração partido, mas preciso falar algumas coisas aqui, o marido da Raquel não foi preso, nem confessou crime algum e nem eu matei minha filha como foi noticiado. Tenham pelo menos respeito a dor alheia, seus desgraçados", afirmou.

Em uma entrevista à rádio Jornal da Cultura, de Cuiabá, nesta quinta-feira, 25, o deputado afirmou que a família desconfiava da participação de Romero no assassinato. Segundo o parlamentar, o pronunciamento nas redes sociais foi feito para "deixar as investigações correrem".

"A gente sempre teve um pé atrás. A polícia fez o que tinha que ser feito. A gente tinha que deixar as investigações correrem da maneira como correram para a gente ter êxito. O álibi que ele tinha era um álibi muito forte", afirmou.

Ex-marido chorou no velório ao lado do deputado

De acordo com o inquérito policial, Romero fingiu comoção antes da morte da ex-mulher. No dia do crime, ele almoçou com o deputado Gilberto Cattani e chorou em frente aos familiares da empresária. O ex-marido de Raquel também levou os dois filhos pequenos que tinha com ela para uma cidade vizinha, para não ser considerado suspeito do assassinato.

Na sexta-feira, quando o corpo de Raquel foi encontrado, Romero colaborou com os investigadores. Naquele dia, a Polícia informou que ele não era tratado como suspeito do crime.

A empresária tinha 26 anos e trabalhava no setor de queijos artesanais. Ela foi sepultada no último sábado, 20, no Cemitério Jardim da Paz, em Lucas do Rio Verde. Apontado como mandante do crime, Romero estava ao lado do deputado Gilberto Cattani no velório e chorou pela morte da ex-mulher.

Após a divulgação do crime, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), prestaram solidariedade ao deputado do Partido Liberal.

Estadão
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