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Garçom de churrascaria escreve “preto” em comanda para identificar cliente negro

Vítima registrou uma queixa de injúria racial na Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial (Decrin) do DF

12 abr 2023 - 11h44
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O garçom alegou que o "preto" foi em referência a cor da camisa de Gilberto
O garçom alegou que o "preto" foi em referência a cor da camisa de Gilberto
Foto: Reprodução

O servidor público Gilberto Martins, de 46 anos, prestou queixa de injúria racial contra uma churrascaria no Distrito Federal. Na última quinta-feira, 6, ele foi ao restaurante participar de uma confraternização do trabalho. Um dos funcionários do espaço escreveu “preto” em sua comanda de serviço para identificá-lo.

Em entrevista ao Metrópoles, Gilberto afirmou que quando viu a anotação, escrita à mão na comanda, chamou o funcionário para questionar o uso da palavra “preto”. 

“Eu chamei o garçom e ele ficou muito nervoso. Disse que não sabia quem tinha escrito aquilo, mas achava que tinha sido uma referência à minha camisa, mas a minha blusa era cinza. E se fosse realmente uma referência à ela, não deveria estar escrito com a palavra no feminino? Por que não estava escrito a cor da camisa na comanda de mais ninguém?”, questionou.

O servidor contou ainda que, no momento da explicação preferiu não prolongar o assunto para não criar uma situação desconfortável, mas que quando chegou em casa se arrependeu de ter ficado calado. 

“Isso me entristeceu profundamente e eu cheguei em casa chorando. Tenho um casal de filhos, ambos negros, e pensei muito no mundo que estamos deixando para eles”, desabafou.

Gilberto procurou a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa, ou por Orientação Sexual, ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin)  no dia seguinte do acontecido e registrou uma ocorrência policial que se enquadra em injúria racial. 

Restaurante

Ao Metrópoles, a churrascaria disse que “tem uma política rígida e que repudia veementemente todo e qualquer ato discriminatório”. Além disso, ressaltou que “medidas internas e externas cabíveis ao caso já foram providenciadas, tal como o reforço do programa de treinamento oferecido aos colaboradores da rede”. A empresa ainda afirmou que é pautada “pelo fomento da diversidade, respeito aos direitos humanos e incentivo ao desenvolvimento das pessoas”, e que lamenta que um clientes tenha se sentido ofendido.

Fonte: Redação Nós
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