Gerente de boate afirma que Daniel Alves viu vítima chorando
Robert Massanet contou em depoimento que tentava conversar com a mulher quando o jogador passou entre eles para deixar a casa noturna
Robert Massanet, o gerente da boate Sutton, em Barcelona, disse em depoimento à Justiça que o jogador Daniel Alves viu a mulher que o acusa de agressão sexual chorando antes de sair do estabelecimento. As informações são do jornal La Vanguardia.
De acordo com o depoimento de Massanet, na madrugada de 30 de dezembro, depois de ficar por 16 minutos com o jogador no banheiro da casa noturna, a mulher chamou a prima para ir embora o mais rápido possível. As duas passaram por um segurança da casa que estranhou ver a jovem chorando e a abordou. Nesse momento, ela "desabou" ao contar o suposto crime do jogador.
Em seguida, a boate deu início ao protocolo em casos de violência contra a mulher e o gerente foi até a suposta vítima para entender o que aconteceu e confortá-la. Foi quando ele viu Daniel Alves passando entre eles para deixar o estabelecimento.
"Não tive conforto. Mas perguntei a ela: 'O que aconteceu com você? Diga-me o que aconteceu com você! Você tem que se acalmar. Mas fiquei muito impressionado", contou Massanet.
Entenda o caso de Daniel Alves
A juíza Maria Concepción Canton Martín decretou a prisão de Daniel Alves na última sexta-feira, 20. Ele foi detido ao dar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra a mulher. O Ministério Público pediu a prisão preventiva do atleta de 39 anos, sem direito à fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção.
A acusação se refere a um episódio que teria ocorrido na casa noturna Sutton, em Barcelona. O atleta, que defendeu a Seleção Brasileira na Copa do Mundo do Catar, teria colocado a mão entre as roupas íntimas da mulher que fez a queixa. Ela procurou as amigas e os seguranças da balada depois do ocorrido. Ele teria trancado, agredido e estuprado a mulher em um banheiro da sala VIP da boate, segundo o jornal El Periódico.
A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã, que colheu depoimento da vítima. Ela também passou por exame médico em um hospital. Daniel Alves foi embora do local antes da chegada dos policiais.
Segundo a imprensa espanhola, a contradição no depoimento do lateral-direito foi determinante para o Ministério Público do país pedir a prisão e a juíza aceitar. No início de janeiro, o jogador deu entrevista ao programa Y Ahora Sonsoles, da Antena 3, em que confirmou que esteve na mesma boate que a mulher que o acusa, mas negou ter tocado na denunciante sem a anuência dela e disse que nem a conhecia.
No depoimento, porém, de acordo com os meios de comunicação da Espanha, o atleta afirmou ter tido relações consensuais com a mulher, cujo nome não foi revelado. O suposto crime sexual teria ocorrido num banheiro da área VIP da casa noturna. Segundo a rádio Cadena SER, imagens da vigilância interna do local confirmam que Daniel Alves ficou 15 minutos com a mulher no banheiro.
O Pumas, do México, anunciou na última sexta que o contrato de trabalho de Daniel Alves com o clube será rompido por justa causa.
*Com informações do Estadão Conteúdo