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Gilberto Gil descobre que antepassados também eram ativistas: 'Abolicionista, mesmo'

A pedido do 'Fantástico', genealogista montou árvore genealógica do cantor, que completou 80 anos neste domingo

27 jun 2022 - 11h11
(atualizado às 12h44)
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No dia do aniversário do cantor, o 'Fantástico' traçou a árvore genealógica de Gilberto Gil.
No dia do aniversário do cantor, o 'Fantástico' traçou a árvore genealógica de Gilberto Gil.
Foto: TV Globo

Um dos ícones da música brasileira, Gilberto Gil comemorou 80 anos neste domingo. Um dos criadores do movimento Tropicalista e vencedor de diversos prêmios internacionais, se tem uma coisa que também sempre remete a Gil é o assunto "família".

Pai de oito filhos, avô de 12 netos e bisavô de uma bisneta, o artista ganhou de presente uma árvore genealógica para analisar as suas raízes.

A pedido do Fantástico, o genealogista Cau Barata traçou os antepassados de Gil. O cantor, que chegou a ser preso durante a Ditadura Militar, descobriu que a família também é formada por ativistas.

O artista é parente de Jesuíno e Ismael Ribeiro dos Santos, que assinou um manifesto convocando os baianos para que todos se unissem pela emancipação dos escravos. Gil, que não sabia da informação, se mostrou surpreso: "Abolicionista, mesmo!".

Ele também falou dos pais, José Gil Moreira, médico, e Claudina Passos, professora, e sobre o grau de emancipação da família, elevado para os padrões brasileiros de famílias negras na época.

"Quando eu cheguei, minha família já era de classe média", contou Gil. Ele ressaltou que, nas conversas, a questão da meritocracia era muito debatida.

"A gente conversava, fazia parte das providências gerais que pai, mãe, tios tomavam no sentido de encaminhamento educacional das crianças, para mim, para os primos e para todo mundo", afirmou.

Eleito imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) no ano passado, Gilberto Gil ainda revelou quem foi a responsável pela sua alfabetização: Lydia Gil Moreira, tia-avó do cantor, que era educadora.

Gil contou ter sido influenciado por Luiz Gonzaga e, desde pequeno, sentir vontade de ser "musgueiro e pai de menino" - músico e pai. "Eu quero estudar acordeon, mãe. Quero aprender sanfona por causa do Luiz Gonzaga... Gonzagão", relembrou de uma fala que havia dito à mãe.

Segundo o estudo da árvore genealógica do artista, 31% da composição genética do DNA dele vem do continente africano. Também há heranças da Inglaterra, da Irlanda, da Hungria e de nativos americanos.

Assista a um trecho da entrevista:

*Estagiária sob supervisão de Charlise de Morais

Estadão
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