Giselle Itié revela que foi vítima de abuso e tentou tirar a própria vida
A atriz Giselle Itié fez um relato emocionante sobre seus traumas
Nesta quinta-feira, 26, Giselle Itié, de 41 anos, fez revelações sobre seu passado durante a estreia do podcast Exaustas, que comanda com Samara Felippo e Carolinie Figueiredo.
A atriz contou que desde a adolescência teve seu corpo objetificado. Ela expôs que aos 17 anos foi vítima de abuso sexual. Os traumas fizeram a artista se automutilar, tentar tirar a própria vida e desenvolver distúrbios alimentares.
"Sempre fui uma criança que não cabia na caixinha do padrão de beleza posta pela sociedade. Era desengonçada, usava aparelho, não era vista como uma criança bonita. Não mesmo. Só que quando comecei a entrar na adolescência, meu corpo se transformou, e muito. Minha vida se transformou", disse ela em meio às lágrimas.
"A forma como meninos e homens me olhavam e me tratavam era nojento. Foi nesse momento que eu comecei a entender que meu corpo não era mais meu, era um espaço público invadido por olhares, toques, mãozadas e por aí vai. Sinceramente, eu não consigo falar detalhadamente de cada situação, porque a sensação do meu corpo ser nojento vem", explicou ela.
"Desde menina, eu comecei a ter um pesadelo recorrente, que foi até os meus 18 anos, eu no meio de uma floresta à noite e sempre fugindo de um homem, de dois, de três. Homens que eu conhecia, da família. Muitas vezes, eu não dormia porque tinha medo de ser pega no meu sonho", continuou.
Primeiro namorado cometeu suicídio
"Até que, para ajudar, meu primeiro namorado se suicidou. Foi aí que eu comecei a questionar o meu lugar na vida. Quanto mais eu me tornava mulher, mais eu objetificada eu me tornava, o vácuo foi crescendo e eu comecei a me machucar de verdade, a me cortar [e por aí vai]. Até que eu tentei tirar minha vida", revelou.
"Com 17 anos de idade, eu perdi minha virgindade em um estupro. Foi nesse momento que eu me perdi de vez e compreendi o quanto eu era oca. Eu só fazia me castigar como se eu fosse culpada. E foi no silêncio que meu corpo gritava e pedia socorro. Passei a ter uma depressão profunda, bulimia, anorexia nervosa, eu me cortava e tudo o que eu queria era desaparecer de vez", concluiu.
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