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Google mostra como a acessibilidade protege a privacidade das pessoas com deficiência

Usuários com deficiência confirmam em estudo inédito a importância de completarem suas atividades sem revelar dados pessoais para outras pessoas.

30 nov 2022 - 11h02
(atualizado às 14h20)
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Integrar aplicativos ao Google Assistente para acionamento por voz amplia a autonomia do usuário com deficiência
Integrar aplicativos ao Google Assistente para acionamento por voz amplia a autonomia do usuário com deficiência
Foto: Estadão

Um estudo inédito do Google, divulgado nesta quarta-feira, 30, mostra como a acessibilidade é fundamental para a proteção da privacidade das pessoas com deficiência na internet e no uso da tecnologia. O blog Vencer Limites teve acesso antecipado ao conteúdo.

A pesquisa 'Projeto Autonomia' avaliou a relação dos usuários que têm deficiência com o Google Assistente, aquele acionado pela frase 'OK Google'. "Os participantes relataram a importância de completarem suas atividades sem revelar dados pessoais para outras pessoas", diz Maia Mau, diretora de marketing para pagamentos, Android e Google Assistente na América Latina.

O trabalho feito entre abril e junho deste ano pela consultoria WGSN Mindset, por meio de entrevistas, diários de uso, consultoria de especialistas e sessões de criação, mapeou três áreas: mobilidade, entregras e compras online, bem-estar e autocuidado. E verificou a autonomia das pessoas com deficiência no uso de um produto ou serviço.

Na mobilidade, foi analisada a navegação em espaços internos e externos a partir do uso de aplicativos de mapas e transportes. Nas entregas e compras online, a avaliação ficou centralizada na integração dos assistentes de voz com aplicativos para pedir comida ou adquirir produtos pela internet. No que diz respeito ao bem-estar e ao autocuidado, o estudo examinou de que maneira o uso da tecnologia de voz melhora a qualidade de vida dos usuários com deficiência.

"A acessibilidade para o usuário com deficiência está totalmente relacionada ao desenvolvimento de ferramentas úteis para sua independência e autonomia, seja para ouvir uma música, fazer um pagamento ou para completar uma compra online", destaca Maia Mau.

Acessibilidade no Maps - Outra novidade é um recurso no Google Maps que destaca estabelecimentos acessíveis, identificados pelo já conhecido (e um tanto ultrapassado) ícone de cadeira de rodas no perfil da empresa.

A ferramenta mostra quais recursos são oferecidos e, se o local não for considerado acessível, terá um traço por cima do ícone. Para acionar, basta habilitar 'lugares acessíveis' no aplicativo. Essa função foi lançada em 2020 para usuários de Austrália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos. De acordo com o Google, o recurso foi criado com a participação de mais de 120 milhões de guias locais em todo o planeta, que já fizeram mais de 1 bilhão de atualizações.

Mais em breve - O Google prevê mais acessibilidade para o Android, com o aplicativo de acesso por voz em português a partir de dezembro para todos os usuários no Brasil. O acionamento é feito pela frase 'Ok Google, Acesso por voz', o que irá permitir abrir aplicativos, navegar entre telas, digitar mensagens e editar texto usando a voz.

Equipe brasileira cresceu - O Google também anunciou que, em julho deste ano, o time global de Produto, Equidade e Acessibilidade expandiu sua atuação para o Brasil, com a contratação de integrantes locais, todos profissionais com deficiência, para aprimorar os recursos de acessibilidade, se aproximar da comunidade regional e atrair engajamento, além de estudar a experiência dos usuários, analisar e testar produtos.

Segundo a empresa, esse grupo é responsável pela coordenação de programas e produtos de acessibilidade no Brasil, com atuação em São Paulo e Belo Horizonte, presecialmente e online, em três áreas: 'ACT (Analysis, Compliance and Testing)' constrói produtos, ferramentas, programas e parcerias para pessoas com deficiência; 'Engajamento com a Comunidade' desenvolve iniciativas com organizações e grupos de pesquisa de tecnologia que atuem em apoio às pessoas com deficiência. E 'UX Research' discute a experiência dos usuários com deficiência.

Estadão
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