Governador de Ohio veta proibição de cuidados e participação esportiva para transgêneros
Aprovada neste mês, a lei proibia médicos de realizarem cirurgias de redesignação sexual para ajudar jovens em transição
O governador de Ohio, Mike DeWine, vetou nesta sexta-feira um projeto de lei que buscava proibir cuidados médicos de afirmação de gênero para jovens transgêneros no Estado e também impedia atletas trans de competir em equipes equivalentes às suas identidades de gênero. Aprovada neste mês no Legislativo estadual — que tem maioria republicana —, a lei proibia médicos de realizarem cirurgias de redesignação sexual ou prescreverem medicamentos bloqueadores da puberdade para ajudar menores na transição.
A legislação também impedia que distritos escolares, universidades públicas e faculdades privadas que competem em conferências nacionais permitissem que mulheres trans participassem de competições na modalidade feminina.
DeWine, que também é republicano, anunciou seu veto em coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira. Ele afirmou ter visitado hospitais infantis e falado com pais de crianças transgênero para obter informações que embasassem sua decisão.
"Os pais olharam nos meus olhos e disseram que, se não fosse pelo tratamento, seus filhos estariam mortos", afirmou. "No fim, eu acho que isto é sobre proteger a vida humana."
Os republicanos, que possuem maioria no Legislativo, podem derrubar o veto do governador.
O cuidado de afirmação de gênero para os jovens trans tornou-se um dos pilares da plataforma do Partido Republicano. Parlamentares da maioria dos Estados norte-americanos apresentaram nos últimos anos propostas para impedir que crianças recebam tratamento afirmativo, e 22 Estados aprovaram propostas do tipo. Os tribunais têm se dividido em suas decisões sobre o tema.