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Governo brasileiro pede desculpas por abordagem da PM a jovens negros

Embaixadores do Gabão e de Burkina Faso foram recebidos no Ministério das Relações Exteriores, em Brasília

8 jul 2024 - 10h11
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Policiais apontaram armas para adolescente durante abordagem em Ipanema (RJ)
Policiais apontaram armas para adolescente durante abordagem em Ipanema (RJ)
Foto: Reprodução

Os embaixadores do Gabão e de Burkina Faso foram recebidos, nesta sexta-feira (5) no Ministério das Relações Exteriores, em Brasília. Os dois são pais dos garotos negros abordados de forma hostil pela Polícia Militar do Rio de Janeiro, no bairro de Ipanema, zona sul da capital.

Segundo o Itamaraty, na reunião, foi entregue em mãos nota com um pedido formal de desculpas pelo lado brasileiro. Uma nota de igual teor também será entregue ao embaixador do Canadá, pai de outro adolescente envolvido na ocorrência.

Ainda de acordo com o Itamaraty, o ministério também vai acionar o governo do estado do Rio de Janeiro, pedindo apuração rigorosa e responsabilização adequada dos policiais envolvidos na ocorrência.

A abordagem a quatro adolescentes, sendo três deles negros, estrangeiros, filhos dos embaixadores, aconteceu na última quarta-feira (3). Segundo relatos e imagens divulgadas, eles foram abordados por policiais armados com fuzis e pistolas.

Rhaiana Rondon, mãe do menino branco, brasileiro, que estava com o grupo, acusa os policiais de terem feito uma “abordagem desproporcional, racial e criminosa” aos jovens. Em relato divulgado pelo jornalista Guga Noblat, que é cunhado de Rhaiana, ela contou que os agentes liberaram o grupo depois do filho explicar que os amigos estavam na cidade a turismo. Segundo Rhaiana Rondon, os policiais ainda alertaram que eles não deveriam andar na rua, pois seriam abordados novamente.

A Polícia Militar informou, em nota, que os policiais envolvidos na ação portavam câmeras corporais e que as imagens serão analisadas. A corporação ainda destacou que os cursos de formação dos oficiais priorizam disciplinas como Direitos Humanos e Ética. A Delegacia Especial de Apoio ao Turismo abriu investigação sobre o caso. 

Edição: Daniella Longuinho / Liliane Farias

Agência Brasil Agência Brasil
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