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Grávida é assassinada em novo caso de feminicídio na Itália

Suposto autor foi denunciado à polícia por perseguição

20 dez 2023 - 10h44
(atualizado em 21/12/2023 às 10h36)
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Mulher foi morta a facadas na província de Treviso
Mulher foi morta a facadas na província de Treviso
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Uma mulher grávida de 27 anos foi morta a facadas na cidade de Altivole, na província de Treviso, em um novo caso de feminicídio que chocou a Itália nesta quarta-feira (20).

Vanessa Ballan, que também era mãe de um menino de quatro anos, foi assassinada com sete golpes de faca do lado de fora de sua casa, em uma vila no pequeno vilarejo de Spineda.

O principal suspeito é um cidadão do Kosovo, de 41 anos, identificado como Bujar Fandaj, que recentemente havia sido denunciado à polícia pela vítima por perseguição. Ele foi detido sob a acusação de homicídio qualificado e levado para a penitenciária de Treviso.

O homem, que mora em uma cidade vizinha, teve um relacionamento com Ballan em 2022 e começou a persegui-la depois do término, fazendo visitas indesejadas ao supermercado onde ela trabalhava.

De acordo com a reconstrução, o crime ocorreu entre 11h21 e 11h47 da manhã na última terça-feira (19), conforme o tráfego de mensagens no WhatsApp entre as vítima e seu companheiro, Nicola Scapinello, que encontrou o corpo dele depois que um vizinho o alertou.

"Existem elementos que contestam a premeditação no crime, explicou o promotor-chefe de Treviso, Marco Martani, revelando que Fandaj havia ativado uma nova conta telefônica um dia antes do crime.

"Ele se aproximou de casa com sua bicicleta e não com seu carro, provavelmente para não ser reconhecido, e tinha uma bolsa na qual trazia um martelo, duas facas e outras ferramentas de roubo, com uma faca semelhante àquela que foi encontrada na cozinha e que é a arma do crime", afirmou Martani.

Ballan já estava em outro relacionamento e chegou a tentar esconder as ameaças do novo companheiro, que percebeu a preocupação da mulher e a incentivou a registrar um boletim de ocorrência. A justiça, no entanto, não considerou existirem elementos para solicitar uma medida cautelar.

Segundo Martani "a única medida que poderia ter evitado o atentado teria sido a prisão preventiva, medida para a qual não existiam provas objetivamente suficientes".

Este é o mais recente de um longa série de casos de feminicídios na Itália e ocorre enquanto o país, principalmente a região do Vêneto, ainda está em choque devido ao assassinato da estudante Giulia Cecchettin por seu ex-namorado no mês passado. .

Ansa - Brasil
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