Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Hamilton rebate Piquet em português após ser chamado de 'neguinho': 'Vamos mudar a mentalidade'

Heptacampeão de F-1 clama pelo fim de atitudes 'arcaicas' e diz que falas como a do brasileiro não têm lugar no automobilismo

28 jun 2022 - 09h40
(atualizado às 10h21)
Compartilhar
Exibir comentários

Lewis Hamilton se pronunciou nesta terça-feira, 28, após um vídeo com o brasileiro Nelson Piquet o chamando de "neguinho" viralizar nas redes sociais. Escrevendo em português, o heptacampeão de Fórmula 1 pediu foco em "mudar a mentalidade", clamando em seguida pelo fim de atitudes e comentários do tipo no automobilismo.

"Vamos focar em mudar a mentalidade", escreveu Hamilton em portugês, concluindo em inglês logo em seguida. "É mais do que linguagem. Essas mentalidades arcaicas precisam mudar e não têm lugar no nosso esporte. Eu fui cercado por essas atitudes e fui alvo delas a minha vida toda. Houve muito tempo para aprender. Chegou a hora da ação."

Lewis Hamilton pede 'mudança de mentalidade' após ser chamando de 'neguinho' por Nelson Piquet
Lewis Hamilton pede 'mudança de mentalidade' após ser chamando de 'neguinho' por Nelson Piquet
Foto: Reuters

Nelson Piquet foi flagrado usando um termo racista para se referir a Lewis Hamilton, em um vídeo de 2021 que circulou nas redes sociais e ganhou repercussão no final de semana. É possível ouvir o ex-piloto chamando o heptacampeão de "neguinho" ao comentar um acidente envolvendo o inglês e Max Verstappen — namorado de sua filha, Kelly Piquet — durante o Grande Prêmio de Silverstone, na Inglaterra.

"O neguinho meteu o carro de não deixou (Verstappen desviar). O neguinho deixou o carro porque não tinha como passar dois carros naquela curva. Ele fez de sacanagem. A sorte dele foi que só o outro se f*deu. Fez uma p*ta sacanagem", criticou Piquet, em entrevista ao jornalista Ricardo Oliveira.

Piquet ainda comparou a batida entre os pilotos da Mercedes e da Red Bull com a polêmica colisão de Ayrton Senna e o francês Alain Prost, principal rivalidade da Fórmula 1 à época, na largada do GP do Japão, em 1990, que garantiu o título daquele ano ao brasileiro. "O Senna não fez isso. O Senna saiu reto", disse.

Mercedes, FIA e F-1 repudiam episódio

Um dia após a fala de Nelson Piquet ganhar enorme repercussão, Mercedes, Fórmula 1 e Federação Internacional do Automóvel (FIA) emitiram comunicados condenando o brasileiro tricampeão do mundo e enaltecendo o posicionamento constante do inglês na luta pela diversidade.

"Linguagem discriminatória ou racista é inaceitável de qualquer forma e não deve fazer parte da sociedade. Lewis é um embaixador incrível do nosso esporte e merece respeito", diz o comunicado da F-1. "Seus esforços incansáveis para aumentar a diversidade e a inclusão são uma lição para muitos e algo com o que estamos comprometidos na F1", acrescentou.

A FIA também se posicionou de maneira forte sobre o episódio. "A FIA condena veementemente qualquer linguagem e comportamento racista ou discriminatório, que não tem lugar no esporte ou na sociedade em geral. Expressamos nossa solidariedade a Lewis Hamilton e apoiamos totalmente seu compromisso com a igualdade, diversidade e inclusão no esporte a motor."

A Mercedes, atual equipe do sete vezes campeão de F-1, também saiu em defesa do piloto. "Condenamos nos termos mais fortes qualquer uso de linguagem racista ou discriminatória de qualquer tipo. Lewis liderou os esforços do nosso esporte para combater o racismo e ele é um verdadeiro campeão da diversidade dentro e fora das pistas. Juntos, compartilhamos a visão de um automobilismo diversificado e inclusivo, e este episódio destaca a importância fundamental de continuar lutando por um futuro melhor."

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade