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Homem com tatuagens nazistas é levado para delegacia e liberado em seguida

Leonardo Guimarães acionou a polícia ao ver o homem e conta que foi chamado de "comunista gayzista estudantezinho" na delegacia

30 jan 2023 - 15h34
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Eles foram encaminhados para a 9ª DP
Eles foram encaminhados para a 9ª DP
Foto: Reprodução/Redes sociais

No último sábado (28), um homem com tatuagens de símbolos nazistas foi levado para uma delegacia na Zona Sul do Rio, mas foi liberado horas depois. Segundo a Lei 9.459/97, apologia ao nazismo é crime.

Leonardo Guimarães estava no Largo do Machado quando viu as tatuagens do homem e logo acionou a polícia. Eles foram encaminhados para a 9ª DP (Catete).

Nas redes sociais, o pós-graduando em Justiça e Segurança da Universidade Federal Fluminense (UFF) escreveu: "Levei um cara com uma suástica, um sol negro e um 'white proud' [orgulho branco] tatuados no braço pra delegacia. O cara que me atendeu é bolsonarista, pediu desculpa para o nazista, disse que ele pode usar o que quiser e disse que sou comunista gayzista estudantezinho".

No texto do registro de ocorrência, um trecho afirma que a suástica "vem do sânscrito e significa boa sorte ou bem-estar" e que a tatuagem do sol negro é "um antigo símbolo dos povos germânicos que se referia ao dia que o mundo acabaria".

Na tarde desta segunda-feira (30), Leonardo compartilhou nas redes sociais que encaminhou um novo registro de ocorrência na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (DECRADI) junto com Rodrigo Mondego, procurador da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ). "O inspetor e a delegada estão engajados para se instaurar o inquérito", escreveu.

A Polícia Civil declarou em uma nota que vai investigar e que "o solicitante informou a policiais militares que um homem ostentava uma suástica e um sol negro tatuados no braço", segundo informações do g1.

“Em sede policial, o solicitante se negou a prestar suas declarações naquele momento. O acusado, indagado, prestou informações na delegacia alegando que ‘a suástica é um símbolo milenar e existe muito antes do nazismo’”.

“Após o registro dos fatos, foi instaurado procedimento, e serão realizadas diligências para melhor apuração das circunstâncias do ocorrido, onde serão avaliadas de forma detida a verdadeira intenção do acusado”, continuou.

“A Polícia Civil vai investigar eventual prática do crime de racismo ou apologia ao crime”, destacou. Também disseram que “não foi emitida qualquer opinião ou ofensa por parte de agentes da 9ª DP, em relação ao comunicante ou qualquer julgamento prévio acerca dos fatos”.

Fonte: Redação Nós
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