Homem é preso após manter companheira em cárcere privado e espancar cachorro em SP
Polícia encontrou na casa do suspeito distintivo das polícias Civil e Penal, além de anabolizantes, diplomas falsos de medicina
Um homem, de 33 anos, foi preso após manter a companheira em cárcere privado e espancar o cachorro deles, em Praia Grande (SP), na terça-feira, 19. Em um vídeo obtido pelo Terra, é possível ver o momento em que o suspeito chuta e soca o animal algumas vezes. O caso segue em investigação.
De acordo com a delegada Lyvia Cristina Bonella a denúncia foi feita pela vítima diretamente à Polícia Civil. A mulher estava morando com o companheiro há aproximadamente um mês, e aproveitou que estavam instalando câmeras de monitoramento no imóvel para sair e pedir ajuda.
“Ela saiu com o cachorro, falando que o animal estava passando mal e precisava sair. Foi para a avenida da praia, na altura do bairro Tupy, e entrou em contato com a polícia, falando que estava em situação de violência doméstica”, afirma a delegada.
Uma equipe da Delegacia de Defesa da Mulher deslocou até o local, onde foram encontrados a vítima, o cachorro, e o suposto agressor, que foi atrás dela. Para as autoridades, ele deu a desculpa que havia ido entregar o controle remoto do portão para que ela tivesse acesso a residência. Em seguida, todos foram encaminhados à DDM.
Na unidade policial, a vítima contou que no dia 11 de julho havia sofrido agressões físicas e que teria feito um boletim de ocorrência eletrônico, sob a supervisão do suspeito. Já no domingo, 17, conforme mostram as imagens, o cachorro foi agredido com socos e chutes.
“Como prevê a Lei Maria da Penha, nós fomos até a casa do casal retirar os pertences dela, e a vítima nos informou que ele guardava distintivo policial, carteira funcional, que se apresentava como médico, e como psicólogo. Fomos pesquisar o CRM dele mas não havia registro”, relata a delegada.
No imóvel, foram encontrados grandes quantidades de anabolizantes injetáveis e remédios controlados, além dos diplomas, receituário com carimbo de médico, uma arma de air soft, munições de vários calibres, distintivos, algemas e um livro sobre Hitler.
“Ela dizia que, como ele se apresentava como médico, ministrava e vendia para as pessoas”, apontou a Lyvia. Na ocasião, ele foi preso em flagrante por cárcere privado, posse das munições e por ministrar substâncias não liberadas pela Anvisa.
Ainda de acordo com a delegada, nesta quarta-feira, 20, uma testemunha compareceu à DDM acompanhada de um advogado e entregou uma bolsa, que o suspeito teria pedido para que ela guardasse. Dentro dela, havia uma arma de numeração raspada, munições e mais distintivos.
Após a prisão, o homem passou por audiência de custódia e deverá responder o processo em liberdade.