Homem é preso por esconder câmeras em vestiário feminino da FGV, em São Paulo
"Esses equipamentos captavam a rotina do local, mulheres com a parte de baixo das vestimentas, ou até nuas, trocando de roupas", disse o delegado Percival Alcântara
A Polícia Civil prendeu um funcionário terceirizado da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no centro de São Paulo, nesta terça-feira (6).
Ele está sendo acusado de instalar câmeras escondidas em um vestiário feminino da universidade.
Uma vítima disse à polícia que encontrou duas câmeras no vestiário da FGV: uma na tomada e outra em um armário, dentro do local onde as funcionárias se trocavam.
Elas desconfiaram que os equipamentos eram de um funcionário que trabalhava na limpeza da instituição, segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).
A Polícia Civil levantou provas e representou por um mandado de busca e apreensão na casa do suspeito. A Justiça concedeu o mandado.
As autoridades policiais apreenderam, no endereço do suspeito, materiais eletrônicos e de informática, voltados à captação das imagens das mulheres, informou a SSP.
"Essas câmeras captavam a rotina de um vestiário feminino, mulheres com a parte de baixo das vestimentas, ou até nuas, trocando de roupas", disse o delegado Percival Alcântara, responsável pelo caso, ao SBT.
O delegado afirmou à reportagem que a funcionária descobriu as câmeras porque foi colocar um equipamento na tomada e notou que não estava entrando. Foi quando a mulher percebeu que havia uma microcâmera instalada.
De acordo com a investigação, o preso perseguia uma dessas funcionárias da FGV São Paulo.
"Ele fez trabalhos de amarração, colocou chip rastreador em sua bolsa, tentava ligar para ela, revelava fotos digitais para mídia física — ou seja, um crime de stalking", disse Percival à TV Globo.
Chocada com esses hotéis com câmera escondida. Que pavor disso
— thamires (@Thamiresgrt) February 7, 2024