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Homem é suspeito de racismo e agressão contra criança negra brasileira em Portugal

Produtor acusou criança de roubar cartão de crédito em festival; segundo a mãe da vítima, ele segurou com força o braço da sua filha

6 out 2023 - 15h33
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O produtor musical Marc Van Eyck é suspeito de agredir uma criança negra brasileira de oito anos em um festival de música em Lisboa, Portugal no dia 28 de setembro. Além da agressão, ele teria acusado a menina de roubar um cartão de crédito da sua carteira. De acordo com a mãe da criança, que é brasileira, a filha foi perseguida e segurada pelo braço por Marc durante o evento. A mãe disse que foi informada da atitude racista do produtor por um garçom do festival e uma outra criança de cinco anos que estava junto da sua filha.

Produtor musical belga é suspeito de cometer racismo com criança de oito anos
Produtor musical belga é suspeito de cometer racismo com criança de oito anos
Foto: Soundcloud/marcvaneyck

“Saí em busca da minha filha, gritando seu nome entre os galpões do espaço, até que ouvi seu choro e gritos pedindo por mim em uma das salas. Quando entrei, vi um homem ao seu lado. Ele a teria perseguido por um tempo e a segurado com força pelos braços”, disse ao Uol. 

A mãe afirmou que quando chegou em uma das salas, escutou o suspeito acusando a filha de ter roubado o cartão de crédito. Segundo ela, Marc Van Eyck só parou de atacar verbalmente a criança quando o pai da menina, que era um dos palestrantes do evento, chegou na sala. 

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A mãe da criança contou que cerca de 40 pessoas testemunharam o ato racista do produtor belga contra sua filha. O belga teria afirmado que não sabia que a vítima era filha do participante do evento e a confundiu com “ciganas que roubam em eventos”.

“É muito triste saber que uma criança de cinco anos e outra de oito não podem ser crianças se têm a pele negra. Pois se correm, são confundidas com ladras, coisa ouvida da boca do belga pelo dono do evento”, disse a mãe. 

Após ouvir testemunhas que presenciaram o crime, o produtor foi escoltado pela polícia de Portugal até a saída do evento.

De acordo com a mãe da criança, uma semana após o episódio, a família não tem acesso ao registro da queixa realizado quando ocorreu o crime de racismo. O evento musical e o movimento negro de Portugal repudiaram o caso nas redes sociais. 

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Fonte: Redação Nós
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