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"Homem não gosta de mulher igual a mim, eles têm medo", diz Déa Lúcia

A mãe do humorista Paulo Gustavo disse ainda que os homens querem uma senhorinha quietinha e que ela não seria essa pessoa

8 mar 2024 - 15h42
(atualizado às 15h42)
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"Homem não gosta de mulher igual a mim, eles têm medo. Querem uma senhorinha quietinha e não sou essa pessoa", disse Déa Lúcia
"Homem não gosta de mulher igual a mim, eles têm medo. Querem uma senhorinha quietinha e não sou essa pessoa", disse Déa Lúcia
Foto: Reprodução: Instagram/dealucia66

Déa Lúcia, de 76 anos, mãe do humorista Paulo Gustavo, que morreu em decorrência da Covid-19 em maio de 2021, revelou que apesar de estar solteira, ainda tem relações íntimas. Segundo ela, os homens não querem alguém como ela.

"Homem não gosta de mulher igual a mim, eles têm medo. Querem uma senhorinha quietinha e não sou essa pessoa", disse à Marie Claire.

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Déa nunca se sentiu diminuída por causa da idade. "Primeiro que não dou confiança. Se eu ler algo do tipo já paro, não ligo para essas pobrezas de espírito", contou.

Ela ainda comentou sobre a indústria querer apagar as mulheres depois que elas ficam mais velhas. "A minha cabeça é de 30 anos. Vai apagar o quê? Meu corpo? Não querem me ver, mas foda-se, eu vou falar e vão ficar me ouvindo. Não sou atriz, mas se fosse estaria muito aborrecida, porque são vários artistas maravilhosos de idade que só têm a acrescentar com seu talento e estão aí parados, sofrendo pressão estética para mudar a aparência, perder a essência", afirmou.

Aborto

Considerada uma mulher à frente do seu tempo, Déa acredita que talvez não faria um aborto, mas entende que votar a favor do aborto pode ajudar mulheres que não podem ir a uma clínica, por exemplo.

"Acho que é uma necessidade, porque sou do tempo em que as mulheres colocavam agulha de crochê para abortar e já vi milhares e milhares morrendo porque não tinha uma clínica que as atendessem com isso", contou.

"Se eu fosse parlamentar, votaria a favor do aborto porque ele protege a mulher nesse sentido. Agora, se for entrar na questão religiosa, acho dez vezes pior ter um filho e abandonar. Outro dia eu li que o maior aborto que existe é o pai que não quer seu filho", completou.

Déa disse que não nasceu para casar e, sim, ter filho. "E quando percebi que o meu era gay, soube que tinha que proteger meu filho. Então nunca fui como as mães que escondem e recriminam, estou sempre à frente do meu tempo."

Fonte: Redação Nós
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