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Igualdade de gênero: o que é e como o Brasil lida com o tema

A igualdade de gênero é um dos pilares da luta pelos direitos humanos e por isso, promover uma sociedade igualitária é fundamental

20 mar 2024 - 05h00
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Resumo
Segundo o IBGE, a população brasileira é composta por 48,5% homens e 51,5% mulheres. Essa desigualdade ainda é visível no salário, na política e na segurança. No entanto, o Brasil já alcançou avanços significativos para lutar pela igualdade de gênero, mudanças já notadas em diversas áreas.
Igualdade de gênero representada em uma imagem de três cubos, o primeiro sendo o símbolo do gênero masculino, o segundo com um síbolo de igualdade e o terceiro o síbolo do gênero feminino.
Igualdade de gênero representada em uma imagem de três cubos, o primeiro sendo o símbolo do gênero masculino, o segundo com um síbolo de igualdade e o terceiro o síbolo do gênero feminino.
Foto: Forbes

Segundo o último censo realizado em 2022 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população brasileira é composta por 48,5% de homens e 51,5% de mulheres. Em um país onde existe uma maioria feminina, falar sobre a igualdade de gênero é crucial para discutir estereótipos e desigualdades que ainda persistem.

Romper barreiras criadas socialmente, como, por exemplo, a diferença salarial entre homens e mulheres e até mesmo a baixa representatividade política feminina é um dever de todo mundo. Assim como a igualdade racial, a busca pela igualdade de gênero é um dos pilares fundamentais da luta pelos direitos humanos.

Nessa luta, muitos direitos foram alcançados e tiveram um impacto grande na vida das mulheres, como o direito ao estudo, ao voto e até mesmo a implementação de legislações como a Lei Maria da Penha e a Lei contra o feminicídio. 

O que significa ter igualdade de gênero?

Basicamente, igualdade de gênero refere-se à ideia de que todos, independentemente do gênero, devem ter os mesmos direitos, oportunidades e tratamento na sociedade. Parece simples, certo? No entanto, essa questão vai muito além e ainda hoje não vivemos o melhor dos cenários.

Imagine um jogo justo, onde homens e mulheres têm as mesmas regras e as mesmas chances de vencer. Isso é igualdade de gênero em ação. Infelizmente, em muitas partes do mundo, essa igualdade ainda não é uma realidade. As mulheres, em particular, enfrentam barreiras em diversas áreas.

Como assim? Muitas vezes, as mulheres ganham menos do que os homens pelo mesmo trabalho, simplesmente pelo preconceito de ser mulher. A igualdade de gênero visa corrigir essa disparidade, garantindo que todos recebam igualmente, independente de suas particularidades.

Além disso, a igualdade de gênero também se estende à maneira como homens e mulheres são tratados na sociedade. Isso significa combater estereótipos prejudiciais que limitam as oportunidades das pessoas com base em seu gênero. Por exemplo, meninos também podem gostar de bonecas ou de cozinha e meninas também podem ser engenheiras ou jogadoras de futebol.

Ou seja, a desconstrução dos estereótipos de gênero é uma peça fundamental para alcançar a tão sonhada igualdade. Isso requer uma mudança de mentalidade, tanto em casa, na escola, no ambiente de trabalho, na política e/ou na comunicação.

Como promover a igualdade de gênero?

Mas, como podemos promover a igualdade de gênero em nossas vidas? É importante ter um olhar geral sobre todas as áreas da sociedade, isso porque, investir em igualdade de gênero é necessário independente se esteja em uma Casa Legislativa, ou até mesmo em uma empresa privada. 

Uma maneira é investir na educação, isso ajuda a questionar as normas de gênero e apoiar políticas e práticas que promovam a igualdade para todos. Oferecer as mesmas oportunidades por meio do acesso igualitário à educação de qualidade desde cedo é fundamental. 

Já no mercado de trabalho, instituir políticas que eliminem a disparidade salarial entre homens e mulheres ajudam a promover a igualdade e incentivam a participação equitativa em todos os setores da economia.

Outro ponto importante é romper com os estereótipos de gênero, como os econômicos, que acreditam que as mulheres não podem ser independentes financeiramente, dependendo sempre de um homem. Investir em programas que capacitem mulheres economicamente, como acesso a financiamento para empreendedorismo e treinamento profissional, pode fazer toda a diferença e mudar a rota. 

Mas não pense que no dia a dia essa igualdade não pode ser vista! Encorajar uma distribuição mais equitativa das responsabilidades domésticas e de cuidados entre homens e mulheres é muito importante. 

Além da divisão das funções, investir em políticas como a licença paternidade ajuda com que mulheres tenham auxílio durante um momento tão importante quanto a gestação.

Além disso, cumprir leis e políticas que protejam os direitos das mulheres e promovam a igualdade de gênero em todas as esferas da vida, incluindo leis contra a violência doméstica, assédio sexual e discriminação de gênero no local de trabalho ajudam mulheres a se sentirem mais seguras e garantir a sua integridade.  

O Brasil e a igualdade de gênero

A pauta da luta pela igualdade de gênero é extensa e o Brasil já possui passos importantes rumo a uma vida mais igualitária para as mulheres. Segundo o relatório feito pelo Fórum Econômico Mundial, o país saiu da posição 94ª, em 2022, e passou a ocupar a 57ª no ranking de países mais igualitários quando o assunto é gênero.

Nessa pesquisa, os países são avaliados sobre a participação econômica, oportunidades educativas, empoderamento político e acesso ao sistema de saúde. O Brasil apresentou um avanço considerável, mas ainda há muito a ser conquistado. Por exemplo, as disparidades de gênero no acesso à educação têm diminuído, mas ainda persistem em algumas áreas, especialmente em regiões periféricas e rurais.

Além disso, apesar dos avanços, as mulheres ainda enfrentam desigualdades no mercado de trabalho brasileiro. A disparidade salarial entre homens e mulheres ainda é significativa, com as mulheres ganhando menos que os homens em muitas empresas. Segundo o IBGE, há uma diferença de 20% no salário.

Sem falar que mesmo que as mulheres sejam a maioria da população brasileira, sua representação nos cargos políticos ainda é baixa. Esforços têm sido feitos para promover a participação política das mulheres, como políticas afirmativas, mas ainda não há uma igualdade nesse cenário.

Outro fator de alerta é a segurança. Segundo o ranking Women Danger Index, o Brasil é o segundo lugar do mundo mais perigoso para mulheres viajarem sozinhas. Essa estatística mostra que ainda há muita coisa que precisa ser mudada para que a igualdade de gênero seja uma realidade em terras brasileiras.

Para saber mais sobre igualdade de gênero e outros assuntos sociais, fique ligado no Terra NÓS!

Fonte: Redação Nós
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