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Imagens mostram momentos após suposto estupro coletivo em boate no Rio de Janeiro

Vítima procurou seguranças do estabelecimento para denunciar sumiço do celular antes de relatar abuso

5 abr 2024 - 19h06
(atualizado às 19h13)
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Resumo
Uma estudante estrangeira denunciou ter sido estuprada por cinco homens na boate Portal Club, no Rio de Janeiro, e as câmeras de segurança da boate registraram a saída apressada dela do 'dark room' (quarto escuro).
Boate Portal Club, localizada na Lapa, região central do Rio de Janeiro
Boate Portal Club, localizada na Lapa, região central do Rio de Janeiro
Foto: Reprodução/CNN Brasil

As câmeras do interior da boate Portal Club, no Rio de Janeiro, registraram o momento em que a estudante estrangeira, que denunciou ter sido estuprada no local, sai apressada de uma sala reservada, chamada de 'dark room' (quarto escuro). A polícia acredita que cinco homens estejam envolvidos no crime.

Nas imagens, é possível ver o rapaz, com o qual ela teria se relacionado, passando depois da jovem. Em depoimento à polícia, ela relatou que o homem a levou para o espaço reservado, onde foi violentada por outros rapazes no último domingo, 31.

Após a saída do quarto escuro, os dois se separaram e a estudante apareceu procurando as amigas. Não há imagens na sequência, mas a jovem teria procurado os seguranças da boate e foi encaminhada à sala da gerência, conforme a CNN Brasil.

Momento em que a jovem deixa o quarto escuro
Momento em que a jovem deixa o quarto escuro
Foto: Reprodução/CNN Brasil

Em depoimento à Polícia Civil, um dos funcionários do estabelecimento informou que, inicialmente, a jovem se queixou do sumiço do seu celular. Com isso, ela e as amigas alegaram que o aparelho poderia ter sido levado pelo rapaz com quem teria se relacionado no quarto escuro.

De acordo com as imagens do circuito interno, o rapaz chegou a ser identificado e levado para a sala da gerência. Ao conversar com a vítima, ele negou que estava com o celular dela.

No local, a vítima foi questionada se houve ou não abuso, considerando que ela estava com marcas no corpo. Nervosa, a jovem disse que consentiu a relação sexual com o rapaz, mas foi tocada por outras pessoas depois disso.

Jovem e as amigas na sala da gerência
Jovem e as amigas na sala da gerência
Foto: Reprodução/CNN Brasil

A gerente da boate contou à polícia que o 'dark room' é um quarto escuro de três metros e que há uma cama no local. A funcionária ainda relatou que um segurança fica do lado de fora e é orientado a intervir se houver pedido de ajuda.

Outras imagens ainda mostram a saída da jovem muito nervosa do local, acompanhada de um segurança. O registro do caso foi feito na terça-feira, 2, na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), que fica próxima à boate.

A Portal Club se manifestou sobre o caso nesta sexta-feira, por meio de nota nas redes sociais. A casa noturna afirmou que forneceu todas as evidências relevantes à polícia, como vídeos, áudios e depoimentos do dia do acontecimento. A boate ainda disse que vai prestar atendimento e apoio à vítima.

"Jamais compactuaríamos com qualquer tipo de crime e isso será provado", diz a nota.

Outra vítima

Após a denúncia de uma vítima de estupro coletivo vir à tona, mais uma mulher relatou que também foi abusada dentro da boate Portal Club, na Lapa, no centro do Rio de Janeiro. A vítima contou que o crime ocorreu em novembro do ano passado.

Segundo o RJTV, a segunda vítima relatou que estava no local para assistir ao show de um grupo de pagode. Ela contou que bebeu normalmente, mas se sentiu mal e tonta quando foi ao banheiro.

"Neste dia, tinha um open bar e eu bebi normalmente. Quando eu fui ao banheiro, não me senti bem, tonta, e não me lembro mais do que aconteceu. Disse não lembrar o que aconteceu, eu acordei no quarto preto, com um homem na minha frente, um homem do meu lado sem calça", contou.

Ela disse que chegou a ser abordada por uma funcionária do estabelecimento e, a partir disso, soube que estava em um espaço reservado da boate, chamado de 'Dark Room'.

"Quando eu fui urinar, saíram algumas coisas pelas minhas partes, um líquido pelas minhas partes. Só que assim que eu saí, veio uma funcionária e perguntou: 'Você sabe onde você estava?'. Não, não sei. 'Você estava num 'dark room' (quarto escuro)'. Mas eu nunca entraria no 'dark room'", completou.

Na ocasião, a mulher chegou a registrar a ocorrência em uma delegacia, mas contou que o processo não foi fácil.

Fonte: Redação Terra
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