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'Índio do Buraco', último sobrevivente de seu povo, é encontrado morto

Símbolo da resistência, indígena era o único sobrevivente da sua comunidade, de etnia desconhecida

27 ago 2022 - 18h34
(atualizado às 18h36)
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"Índio do Buraco", indígena brasileiro que era o único sobrevivente de uma tribo isolada
"Índio do Buraco", indígena brasileiro que era o único sobrevivente de uma tribo isolada
Foto: Funai / BBC News Brasil

A Fundação Nacional do Índio (Funai) informou, na tarde deste sábado, 27, o falecimento do indígena conhecido como “Índio Tanaru” ou “Índio do buraco”, que vivia em isolamento voluntário e era monitorado e protegido pela Funai por meio da Frente de Proteção Etnoambiental Guaporé, no estado de Rondônia, há cerca de 26 anos. O indígena era o único sobrevivente da sua comunidade, de etnia desconhecida.

Segundo a Fundação, o corpo do indígena foi encontrado dentro da sua rede de dormir, em sua palhoça localizada na Terra Indígena Tanaru, no último dia 23 de agosto, durante a ronda de monitoramento e vigilância territorial realizada pela equipe da FPE Guaporé/Coordenação-Geral de Índios Isolados e de Recente Contato (CGIIRC). Não havia vestígios da presença de pessoas no local, tampouco foram avistadas marcações na mata durante o percurso.

Ainda segundo a Funai, também não havia sinais de violência ou luta. Os pertences, utensílios e objetos utilizados costumeiramente pelo indígena permaneciam em seus devidos lugares. No interior da palhoça havia dois locais de fogo próximos da sua rede.

Seguindo a numeração da lista de habitações do Índio Tanaru registradas pela Funai ao longo de 26 anos, essa palhoça é a de número 53, que segue o mesmo padrão arquitetônico das demais, com uma única porta de entrada/saída e sempre com um buraco no interior da casa.

O exame de local de morte foi realizado pela perícia da Polícia Federal, com a presença de especialistas do Instituto Nacional de Criminalística (INC) de Brasília e apoio de peritos criminais de Vilhena (RO). As atividades foram acompanhadas por servidores da Funai. Nos trabalhos, foram utilizados equipamentos como drone e escâner 3D, além de serem coletados diversos vestígios e o corpo do indígena, que serão analisados pelo INC em Brasília.

"A Funai lamenta profundamente a perda do indígena e informa ainda que, ao que tudo indica, a morte se deu por causas naturais, o que será confirmado por laudo de médico legista da Polícia Federal", afirmou o órgão em nota de pesar.

Fonte: Redação Nós
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