Influenciadora brasileira é vítima de estupro coletivo na Índia; 4 são presos
Turista e o marido, que têm perfil sobre viagens com quase 170 mil seguidores nas redes sociais, são conhecidos por viajar o mundo de moto
Uma influenciadora brasileira denunciou ter sido vítima de um estupro coletivo cometido por sete homens na Índia, onde estava fazendo uma viagem de moto ao lado do marido. Quatro suspeitos foram presos, segundo a polícia informou para a Al Jazeera.
A vítima e o companheiro, que é espanhol, registram as suas viagens pelo mundo para um público de quase 170 mil seguidores no Instagram. Eles passavam pelo distrito de Dumka, quando pararam para acampar e foram atacados pelos criminosos na sexta-feira, 1º.
Em um vídeo que postou nas redes sociais, a vítima ainda afirmou que ela e o marido foram roubados pelos criminosos
"Aconteceu algo conosco que nós não desejamos para ninguém. Sete homens me estupraram, eles nos bateram e nos roubaram, apesar de não levarem muitas coisas porque o que eles queriam era me estuprar. Estamos no hospital com a polícia. Isso aconteceu hoje à noite, aqui na Índia", disse a brasileira no dia do crime, conforme noticiado pelo The Times of India. As imagens não estão mais disponíveis.
Algumas horas depois, ela fez uma nova postagem, desta vez mostrando os hematomas no rosto.
"Minha cara está assim, mas não é o que mais dói. Pensei que iríamos morrer. Graças a Deus estamos vivos", escreveu.
Segundo a mídia local, a mulher acionou uma van patrulha por volta das 23h e foi levada ao hospital para atendimento médico. Pitamber Singh Kherwar, superintendente da polícia do distrito, informou que três suspeitos foram presos e que os policiais trabalham para localizar os outros criminsos.
A Índia é considerada um dos piores países em termos de violência sexual contra mulheres, e registrou cerca de 90 estupros denunciados por dia em 2022. Os dados são do National Crime Records Bureau.
O Terra entrou em contato com a Itamaraty, em busca de informações sobre suporte diplomático à vítima, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.