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Instituto oferece suporte para mulheres eleitas vítimas de violência política

"Vamos Juntas" usa redes sociais como aliadas para que casos de violência de gênero na política não caiam no esquecimento

28 dez 2022 - 06h00
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O instituto 'Vamos Juntas' mobiliza a sociedade civil para aumentar a presença de mulheres em espaços de poder
O instituto 'Vamos Juntas' mobiliza a sociedade civil para aumentar a presença de mulheres em espaços de poder
Foto: Reprodução: Istock

"Nos casos de violência política de gênero, como o episódio mais recente das vereadoras de Limeira, é fundamental que a população se mobilize e cobre os parlamentares. Não é tolerável que qualquer mulher eleita, independentemente da posição política, passe por uma violência como aquela". É dessa forma didática que Larissa Alfino, presidenta do Instituto Vamos Juntas, explica o papel e a responsabilidade que a sociedade tem com parlamentares mulheres.

Conforme dados apresentados pelo Inter-Parliamentary Union (IPU), em 2021, as mulheres ocupam menos de 18% dos cargos no Congresso Nacional, mesmo representando 52% da população brasileira. Além disso, as mulheres ocupam apenas 21% das lideranças partidárias, segundo informações apresentadas pelo Instituto Alziras.

As mulheres que conseguem se eleger encontram muitas barreiras, como a violência política de gênero. Dados apontam que 53% das prefeitas eleitas em 2016 já sofreram algum tipo de assédio. E é nessa conjuntura que o Instituto Vamos Juntas atua, buscando fortalecer a trajetória de candidatas e lutar pelo direito político das mulheres.

A organização, um movimento suprapartidário que trabalha por mais mulheres na política, foi fundada em 2019. Ela nasceu com o objetivo de incentivar mulheres que já ocupam posições de lideranças em suas comunidades a se candidatarem a um cargo eletivo e também dar suporte àquelas mulheres que foram eleitas, buscando diminuir a violência e reduzir as desigualdades desse processo.

Mais que impulsionar candidaturas femininas, o Vamos Juntas mobiliza a sociedade civil para aumentar a presença de mulheres em espaços de poder, através de três principais frentes: fortalecimento sócio-emocional de candidatas e suas equipes, advocacia dos direitos políticos das mulheres e produção de conhecimento sobre o tema.

A organização, que já apoiou mais de 200 candidatas e ajudou a eleger 21 parlamentares no Brasil, acompanha de perto o caso das vereadoras de Limeira, no interior de São Paulo, vítimas de perseguição e incitação de ódio em plenário, além de humilhações públicas. Também foram relatadas ameaças de invasão dos gabinetes das parlamentares. 

Carolina Plothow, coordenadora de projetos do institudo, afirma que a organização foi procurada diretamente pela vereadora Mariana Calsa solicitando auxílio em relação ao caso de violência política de gênero que ela e as outras vereadoras vinham sofrendo em Limeira. "Para nós, dar apoio e suporte nesse momento é fundamental para que elas saibam que não estão sozinhas", disse Carolina.  

Para Carolina, uma das estratégias importantes nesse caso foi divulgar o vídeo nas redes sociais para que a história não ficasse restrita à Limeira e oferecer suporte jurídico e emocional caso sentissem necessidade. "O resultado levou a uma repercussão nacional e a Câmara de Limeira passou a dar atenção ao caso. Foi um recado para que isso não aconteça novamente. De qualquer forma, seguimos atentas!", completou.

A presidenta do instituto Vamos Juntas, Larissa Alfino, faz questão de ressaltar que essa luta é necessária e não é apenas o ato de votar que vai garantir que as mulheres tenham representatividade. É preciso votar e continuar ocupando os espaços de poder e de decisão: "É possível fazer política de várias formas. Votar em mulheres durante as eleições, voluntariar-se em campanhas femininas, compartilhar feitos e fiscalizar candidatas, encontrar um partido e ideias que te representam, estes são alguns caminhos", completou. 

Fonte: Redação Nós
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