Intolerância religiosa: polícia do Rio abre inquérito para investigar mãe de Larissa Manoela
Pedagoga foi denunciada por discriminação e preconceito religioso pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa
A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) abriu um inquérito nesta terça-feira, 22/08, para investigar Silvana Taques, mãe da atriz Larissa Manoela. A pedagoga foi denunciada por discriminação e preconceito religioso pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Estado do Rio de Janeiro (CCIR).
O assunto veio à tona após a divulgação de uma conversa de Silvana com a filha, em que ela escreveu: "Esqueci de te desejar. Que você tenha um ótimo Natal aí com todos os guias dessa família macumbeira".
Silvana usou o termo "macumbeira" ao se referir à família do noivo de Larissa, o ator André Luiz Frambach, que é espírita kardecista. O termo é considerado pejorativo.
"Ato discriminatório"
Segundo a nota da Comissão de Combate a Intolerância Religiosa do Rio divulgada ao g1, "a configuração desse ato discriminatório apresenta-se como formas contemporâneas do racismo, que objetiva preservar a incolumidade dos direitos da personalidade, como a essencial dignidade da pessoa humana".
"A manifestação de Silvana extravasa os limites da livre manifestação de ideias, constituindo-se em insultos, ofensas e estímulo à intolerância e ao ódio contra as religiões de matriz africana, não merecendo proteção constitucional e não podendo ser considerados liberdade de expressão, enquadrando-se no crime de racismo", adicionou a nota.