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Itália prende supremacista branco por terrorismo internacional

Jovem da Puglia alistava extremistas e planejava ataques

27 out 2022 - 08h04
(atualizado às 11h11)
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Italiano era ligado a grupo supremacista e terrorista dos EUA
Italiano era ligado a grupo supremacista e terrorista dos EUA
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Um supremacista branco da Puglia, de 23 anos, foi preso nesta quinta-feira (27) sob acusação de alistamento com finalidade de terrorismo internacional e de propaganda e instigação para o crime por motivos de discriminação racial, étnica e religiosa, informou a Divisão de Investigações Gerais e Operações Especiais (Digos) de Bari.

Conforme as autoridades, as investigações começaram em 2021 e monitoravam ambientes virtuais usados por extremistas e supremacistas.

Essas conversas eram ligadas ao canal do Telegram "Sieg Heil", utilizado pelo homem para promover conteúdos racistas, misóginos, antissemitas e com matrizes neonazistas. Nas mensagens postadas, o rapaz ainda se dizia pronto para "o sacrifício extremo" e para cometer ações violentas.

A Procuradoria de Bari ainda informou que essa longa investigação permitiu comprovar a ligação do rapaz com a organização terrorista supremacista dos Estados Unidos "The Base". Entre as conversas, está a busca por armas de grosso calibre e até por equipamentos que permitem a criação de armamentos em casa, como impressoras 3D de última geração.

Ainda conforme os procuradores, por conta da ligação com os norte-americanos, o homem se tornou uma espécie de líder da organização terrorista na Itália, sendo responsável por divulgar "valores, esquemas e objetivos" também no país europeu.

Ele ainda se afirmava como um "lobo solitário" pronto para agir "em defesa da raça branca" e já teria conseguido "treinar para ataques" cerca de três ou quatro aliados.

Nos documentos apreendidos havia ainda uma saudação a supremacistas brancos que realizaram recentes ataques racistas nos EUA, como o que ocorreu em Buffalo em 14 de maio deste ano e que matou 10 pessoas em um supermercado. Para os procuradores, essa parte da documentação era "muito alarmante" e indicava que "a intenção do italiano já era aquela de passar para a ação".

Além disso, também foi encontrado um vídeo de ameaça contra a senadora e sobrevivente do campo de extermínio nazista de Auschwitz, Liliana Segre. .

Ansa - Brasil
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