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Jovem dada como vítima de suicídio foi jogada de 13º andar por ex-namorado, diz polícia

Mais de um ano após a morte de Poliana Wolcow, de 21 anos, investigação da Polícia Civil trouxe reviravolta no caso e suspeito foi preso

26 mar 2025 - 16h07
(atualizado às 16h42)
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Resumo
A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu que a morte de Poliana Wolcow, inicialmente tratada como suicídio, foi feminicídio. O ex-namorado da vítima foi preso após evidências confirmarem que a empurrou de um prédio em Belo Horizonte após abusos e controle psicológico.
Poliana Wolcow Guimarães foi jogada de 13º andar de prédio, conclui polícia
Poliana Wolcow Guimarães foi jogada de 13º andar de prédio, conclui polícia
Foto: Reprodução/Cidade Alerta

Cerca de dois anos após a morte de Poliana Wolcow Guimarães, de 21 anos, inicialmente considerada um suicídio após cair do 13º andar de um prédio no Centro de Belo Horizonte, a Polícia Civil de Minas Gerais anunciou uma reviravolta no caso. De acordo com as investigações concluídas, a jovem teria sido, na verdade, jogada do edifício pelo ex-namorado.

O crime ocorreu em 26 de agosto de 2023, e, após uma apuração detalhada, o inquérito policial apontou tratar-se de um feminicídio. O ex-namorado da vítima, Joel Junior Alves Gaspar, de 47 anos, foi preso preventivamente.

Na ocasião, o suspeito alegou que Poliana havia cometido suicídio devido a um histórico de depressão e dependência química. No entanto, as investigações conduzidas pelo Núcleo Especializado de Investigação de Feminicídios e pela Delegacia Especializada de Homicídios Centro encontraram inconsistências em sua versão. 

De acordo com a delegada Iara França, responsável pelo caso, a comprovação da presença do suspeito no apartamento no momento da queda e as evidências de que ele a empurrou após uma discussão levaram à reclassificação do crime.

Poliana Wolcow Guimarães tinha 21 anos
Poliana Wolcow Guimarães tinha 21 anos
Foto: Reprodução/Cidade Alerta

"Este é um claro caso de controle psicológico e abuso contra uma mulher. Conseguimos provar que o suspeito tentou manipular a narrativa dos fatos, negando sua responsabilidade. O que confirmamos é que ele jogou a vítima pela janela após uma discussão", destacou ela.

A polícia também descobriu que o relacionamento do casal, que parecia comum no início, transformou-se em um ciclo de controle psicológico e abuso. “O homem, proprietário de um apartamento onde hospedava mulheres jovens e estudantes, manipulava suas vítimas e as subjugava a abusos sexuais e emocionais. A vítima fatal, que tentava reconstruir sua vida, viu-se presa a esse relacionamento, com o investigado exigindo mais do que ela podia oferecer”, explicou a delegada.

O inquérito ainda revelou que o suspeito tinha um histórico de abusos contra outras mulheres. "Ele agia como um predador. Suas vítimas, na maioria das vezes, não tinham forças para denunciar", acrescentou a autoridade policial.

Além disso, os investigadores descobriram que o suspeito usava seu trabalho como motorista de aplicativo para atrair vítimas, estabelecendo relacionamentos com o intuito de controlá-las.

“Muitas das vítimas eram abordadas durante os transportes e depois eram subjugadas ao domínio do suspeito. Além disso, ele utilizava o aplicativo para transportar drogas, o que aumentou ainda mais as suspeitas sobre sua conduta”, detalhou a policial.

O investigado foi preso temporariamente em novembro de 2024, e a medida foi convertida em prisão preventiva após a conclusão do inquérito. O indiciamento por feminicídio foi formalizado na última sexta-feira, 21, e ele permanece detido.

O Terra tenta localizar a defesa de Joel Junior Alves Gaspar. O espaço permanece aberto para manifestações. 

Fonte: Redação Terra
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