Jovem é atacada a mordidas por homem em ônibus: ‘A dor que senti é algo que ficará para sempre’
Agressor foi condenado a quase sete anos de prisão por ataque à jovem
Uma jovem de 19 anos precisou de uma cirurgia de reconstrução no rosto e levou 50 pontos após ser atacada a mordidas por um homem dentro de um ônibus, em Cheltenham, no Reino Unido. Ella Dowling diz que o homem teria "arrancado com uma mordida" seu rosto, e que depois do caso, não sorri ou fala como antes. Darren Taylor, 53, foi preso e condenado a seis anos e nove meses de prisão
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No dia dos fatos, a vítima pegou o coletivo para ir para a casa quando o desconhecido passou a fazer comentários inapropriados sobre ela e seus amigos. No momento em que se sentou, Taylor agarrou seu rosto e mordeu repetidamente seu nariz e boca. Todo o ataque durou cerca de 5 minutos, segundo o Daily Mail.
“Meus amigos levaram alguns segundos para perceber o que ele estava fazendo e então começaram a gritar para ele sair de cima de mim. [...] Ele era como um cachorro com um brinquedo, movia a cabeça de um lado para o outro. Coloquei minhas mãos na parte de trás da cabeça dele porque sabia que se não fizesse isso ele arrancaria meu lábio e meu nariz completamente”, relatou.
Segundo ela, a dor foi horrível, e seu corpo começou a tremer por completo, até perceber que estava coberta de sangue. A jovem foi encaminhada para o Hospital Cheltenham, com "marcas de mordidas visíveis" do lado direito do rosto, e depois foi transferida ao Hospital Gloucester para uma cirurgia de emergência. "A dor que senti quando ele cravou os dentes no meu rosto é algo que ficará comigo para sempre", diz Ella.
A vítima passou por um procedimento de reconstrução facial de 2h30, e terá cicatrizes para o resto da vida. "Quando vi meu rosto pela primeira vez depois do ataque, não reconheci meu próprio reflexo e não consegui me olhar no espelho por meses depois disso", declarou.
Ela diz que apesar das pessoas serem gentis e apontarem que a cicatrização vai bem, a marca é mais do que isso, “é uma desfiguração e uma lembrança permanente” do que a ocorreu.
Depois do ataque, ela também não utiliza mais transporte público e sofre de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). "Se eu sair de casa, tenho que falar ao telefone com minha mãe ou um amigo porque tenho medo de ser atacada novamente”, afirmou.
Ella estava determinada a continuar sua vida após o ataque, voltou a estudar e tem esperanças de que pode seguir em frente. “Me recuso a ser definida por isso porque não sou uma vítima, sou uma sobrevivente. Quero voltar a ser a pessoa alegre e extrovertida que costumava ser, mas isso vai levar tempo”.
Darren Taylor se declarou culpado perante o Tribunal da Coroa de Gloucester em março deste ano, e condenado em 18 de julho a quase sete anos de prisão, além de uma ordem de restrição perpétua.
Ele foi condenado a seis anos e nove meses de prisão e a uma ordem de restrição perpétua. "Suas ações naquela noite foram horríveis, e estou feliz que agora ele passará um tempo atrás das grades”.