Justiça da Espanha nega recurso para soltura de Daniel Alves
Os juízes que estão responsáveis pelo caso negaram o novo recurso apresentado pela defesa do brasileiro, após análise
A Justiça Espanhola decidiu que Daniel Alves vai permanecer preso enquanto a investigação por estupro não for concluída, de acordo com informações do jornal espanhol La Varguandia, nesta terça-feira, 9.
Os juízes que estão responsáveis pelo caso negaram o novo recurso apresentado pela defesa do brasileiro. Os advogados do lateral-direito tentaram convencer o júri reafirmando os vínculos do jogador com a Espanha para descartar o risco de fuga.
Há algumas semanas, o Ministério Público também se pronunciou contrário à soltura do jogador, alegando que existia riscos de fuga, principalmente para o Brasil.
Daniel Alves deve permanecer preso até o fim da investigação. A tendência é a defesa apresentar novos recursos pedindo a liberdade do jogador.
A ex-mulher de Daniel Alves Dinorah Santana se mudou para Barcelona junto com os dois filhos que tem junto com o jogador. A mudança por definitivo para a cidade espanhola aconteceu no fim de abril.
O motivo que teria originado a mudança para a cidade seria as dificuldades encontradas no processo contra o jogador na Justiça espanhola. Daniel Alves é investigado por estupro de uma jovem em uma boate durante uma festa de final de 2022.
A prisão de Daniel Alves
Daniel Alves é acusado de estuprar e agredir sexualmente uma jovem em uma boate de Barcelona, no último dia 30 de dezembro. Convocado por Tite para disputar a Copa do Mundo pela seleção brasileira, ele teria trancado, agredido e estuprado a denunciante em um banheiro da área VIP da casa noturna. A mulher, que não teve sua identidade divulgada, procurou as amigas e os seguranças da balada após o ocorrido.
A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã (Mossos d'Esquadra), que colheu depoimento da vítima. Uma câmera usada na farda de um policial gravou acidentalmente a primeira versão da vítima sobre o caso, corroborando o que foi dito por ela no depoimento oficial. A mulher também passou por exame médico em um hospital. Daniel Alves foi embora do local antes da chegada dos policiais.
O relato da vítima bate com as imagens registradas pela câmera de segurança do local, onde o jogador teria agredido sexualmente a mulher. Além disso, a mulher descreveu com detalhes uma tatuagem entre o abdômen e o pênis do jogador. Em janeiro, o jornal espanhol El Correo publicou uma reportagem sobre o plano, que a polícia traçou, dois dias após a gravação da primeira versão da vítima, para "pegar" Daniel Alves em seu depoimento.
Inconsistências nas versões dadas pelo jogador à Justiça, além da possibilidade de fuga da Espanha, fizeram com que a juíza Maria Concepción Canton Martín decretasse a prisão de Daniel no dia 20 de janeiro, uma sexta-feira, após prestar depoimento. O Ministério Público pediu a prisão preventiva do atleta de então 39 anos, sem direito à fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção.