Leda Nagle ataca linguagem neutra e preocupação com termos racistas: "Frescura"
Em entrevista com Sérgio Mallandro e Renato Rabelo, a jornalista se recusou a usar o termo "todes" para se referir às pessoas não-binárias
A jornalista Leda Nagle voltou dar declarações polêmicas no podcast "Papagaio Falante", exibido na última quinta-feira (2/3). Segundo ela, a linguagem neutra e a censura de termos considerados racistas são "uma frescura".
Em entrevista com Sérgio Mallandro e Renato Rabelo, a jornalista se recusou a usar o termo "todes" para se referir às pessoas não-binárias. "Eu não vou falar 'todes', vou falar todos porque todos quer dizer todos nós. Nós todos. Mas eu não vou falar [o pronome neutro], porque não vou aprender agora isso", tentou justificar.
"Mas é difícil porque você não quer ofender as pessoas também. Então, o 'todes' eu acho frescura, quem quiser falar que vou [estar sendo ofensiva], não vou proibir ninguém. Quer falar, fala, mas eu não vou falar [todes]", acrescentou.
Na sequência, Leda se mostrou "incomodada" por não poder citar termos considerados racistas, como "mulata" e "denegrir". "Tem um monte de coisa que eu não sei hoje em dia como se fala mais. Você não sabe como se refere", disse ela.
Em sua defesa, Leda contou uma entrevista recente que fez com uma advogada negra especialista em visto americano. A jornalista afirmou que não sabia como se referir à mulher. "E eu lá naquela situação, porque ela não é neeegra, entendeu? E eu perguntei: 'como é que devo me referir a você?' E ela: 'Eu sou afro-latina'. Olha que loucura! Olha como é que chega ao requinte", disparou.
Em 2021, Leda precisou se desculpar por reprodução de fake news envolvendo o presidente Luís Inácio Lula da Silva. E, em outubro do ano passado, ela abriu uma live para a atriz Cássia Kis fazer afirmações homofóbicas, sem corrigi-la.