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Leis raciais são 'vergonha' na história da Itália, diz Meloni

Premiê ainda afirmou que trabalha para combater antissemitismo

13 dez 2022 - 13h34
(atualizado às 14h01)
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A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou durante um evento em Roma nesta terça-feira (13) que as leis raciais impostas pelo regime do ditador Benito Mussolini (1883-1945) são uma "vergonha" e uma "mancha indelével" na história do país.

Meloni voltou a dizer que governo age contra antissemitismo
Meloni voltou a dizer que governo age contra antissemitismo
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

"As leis raciais de 1938 representam o ponto mais baixo da história italiana, uma vergonha que marcou a nossa história para sempre, como disse várias vezes e reafirmo. É uma mancha indelével, uma infâmia que contou com o silêncio de muitos", disse durante a inauguração de uma série de placas da Ordem dos Jornalistas de Lazio que lembra os nomes e as histórias de jornalistas romanos vítimas da repressão e da violência nazifascista.

As leis raciais foram promulgadas em 17 de novembro de 1938 e, basicamente, eram voltadas contra os judeus que moravam na Itália.

Entre as medidas, estavam a proibição para que crianças e professores judeus frequentassem as escolas, um registro "especial" que todo o professante da fé judaica deveria fazer com as autoridades locais e a proibição de que judeus ocupassem cargos públicos, casassem com pessoas "da raça ariana", cuidassem de crianças não judaicas ou tivessem empregados "da raça ariana".

Também os mais ricos perderam grande parte de seus bens.

Segundo Meloni, seu governo "está sempre pronto, concentrado e atento para combater todo tipo de discriminação e antissemitismo" e que a "luta contra isso não é algo para ser olhado no passado, mas sim para hoje".

A premiê italiana é a líder do partido ultranacionalista Irmãos da Itália (FdI), sigla que usa até hoje em seu distintivo a chama tricolor que simbolizava a legenda Movimento Social Italiana (MSI) - fundado por egressos do regime de Mussolini.

Apesar de atualmente fazer discursos se afastando de temas fascistas, Meloni já elogiou o ditador.

Diversos expoentes de sua sigla, como o presidente do Senado, Ignazio La Russa, também já se declararam admiradores de Mussolini. O político tem, inclusive, bustos do ditador em sua casa. .

Ansa - Brasil
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