Líbano aprova "Barbie" após tentativa de proibir filme
Ministro da Cultura havia alegado que filme contradiz valores conservadores
O Líbano aprovou a exibição do filme "Barbie" nos cinemas nesta sexta-feira, após uma tentativa inicial de proibição pelo ministro da Cultura, que alegou que o filme contradiz valores conservadores.
A agência de Segurança Geral do Líbano, que é responsável pela revisão filmes, peças de teatro e livros a serem lançados no país, emitiu uma decisão nesta sexta-feira permitindo a exibição do filme, segundo cópia da decisão vista pela Reuters.
A única condição listada foi que os espectadores fossem restritos a pessoas com 13 anos ou mais.
No mês passado, o ministro da Cultura, Mohammad Mortada, pediu ao Ministério do Interior que proibisse o filme, dizendo que ele "promove a homossexualidade e a transformação sexual" e "contradiz os valores da fé e da moralidade" ao diminuir a importância da unidade familiar.
O ministro do Interior, Bassam Mawlawi, por sua vez, pediu ao comitê de censura da Segurança Geral que analisasse o filme e desse sua recomendação.
O Kuwait proibiu "Barbie" e o filme de terror sobrenatural "Fale Comigo" para proteger "a ética pública e as tradições sociais", informou a agência de notícias estatal no mês passado.
Estrelado por Margot Robbie e Ryan Gosling como Barbie e Ken, o filme ultrapassou 1 bilhão de dólares em vendas de bilheteria em todo o mundo desde sua estreia em 21 de julho.
Tradicionalmente, o Líbano tem servido como um farol da liberdade de expressão na região, mas os casos de censura têm aumentado.
Na semana passada, o comediante Nour Hajjar foi interrogado durante horas por causa de uma piada sobre o exército libanês e foi brevemente detido dias depois por causa de outra piada envolvendo um xeique muçulmano.