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Líder indígena é encontrado morto em aldeia em Brumadinho (MG); polícia investiga o caso

Em nota, a Funai e o Museu do Índio lamentaram o falecimento do cacique Merong Kamakã Mongoió, de 36 anos

5 mar 2024 - 17h56
(atualizado às 19h10)
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Resumo
O líder indígena Merong Kamakã Mongoió foi encontrado morto na aldeia em que morava em Brumadinho, Minas Gerais. A Policia Civil investiga o caso, buscando elucidá-lo em diálogo com a Polícia Federal.
Polícia Civil investiga a morte do cacique Merong Kamakã Mongoió
Polícia Civil investiga a morte do cacique Merong Kamakã Mongoió
Foto: Alenice Baeta/Divulgação/Funai

A Polícia Civil investiga o falecimento do líder indígena e cacique Merong Kamakã Mongoió, de 36 anos, encontrado morto na aldeia em que morava em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, na segunda-feira, 4. Em nota, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e o Museu do Índio lamentaram a morte do cacique.

De acordo com a Polícia Civil mineira, uma equipe da perícia esteve no local, no distrito de Casa Branca, para levantar informações. O corpo do cacique foi levado ao Posto Médico-Legal de Betim e, posteriormente, liberado aos familiares, informou o delegado João Victor Leite. 

"Em relação ao procedimento das investigações, a Polícia Civil mineira mantem diálogo com a Polícia Federal a fim de que os fatos sejam elucidados", informou o delegado. O Terra questionou a PF sobre o caso, mas não obteve retorno. A Polícia Militar de Minas Gerais aponta que o caso se trata de suicídio. 

De acordo com o Museu do Índio, o cacique pertencia ao povo Pataxó Hã-Hã-Hãe, originário do sul da Bahia, e pertencia à sexta geração da família Kamakã Mongoió. Segundo a instituição, ele era considerado um "defensor dos saberes milenares do bem viver indígena e um militante em defesa do território de seu povo e de diversos outros".

Nascido em Contagem, também na região metropolitana da capital mineira, o cacique morou na Bahia durante a infância. 

"Em outubro de 2021, Merong liderou famílias indígenas na retomada em uma localidade situada no Vale do Córrego Areias, no município de Brumadinho. Na ocasião, disse que, guiado pelo Grande Espírito, sentiu que precisava voltar às terras ancestrais na região de Brumadinho protegendo-as da destruição que a assola e a ameaça constantemente", disse o Museu do Índio em nota.

"As ‘Lutas de Retomadas de Territórios’ são consideradas pelas lideranças indígenas e xamãs atos sagrados de recuperação de terras, lugares, águas e de vida, que lhes foram tirados pelos invasores colonizadores e pela expansão dos empreendimentos degradantes, como a mineração devastadora", explicou a instituição. 

Atenção! Em caso de pensamentos suicidas, procure ajuda especializada como o CVV (Centro de Valorização da Vida), que funciona 24 horas por dia (inclusive aos feriados) pelo telefone 188, por e-mail, chat ou pessoalmente. Confira um posto de atendimento mais próximo de você (clique aqui).

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Fonte: Redação Terra
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