Lula promete "revogaço" de projetos anti-indigenistas
Ex-presidente, pré-candidatos indígenas e diversos parlamentares mostraram compromisso com as pautas ambientais e de proteção aos povos originários
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu, na manhã desta terça-feira (12), que, se eleito, fará um "revogaço" de projetos que vão contra as questões ambientais e indigenistas. A promessa foi feita no Acampamento Terra Livre, em Brasília, onde mais de 150 povos lutam pelo direito à terra e à vida.
O Congresso tem pautado projetos como PL 490/2007, que institui o Marco Temporal; o PL 191/2020, que permite Mineração em Terras Indígenas; o PL 6299/2002, conhecido como PL do Veneno por ampliar o uso de agrotóxicos e os PLs 2633/2020 e 510/2021, que facilita a grilagem de terras.
Diante disso, Lula considerou que, em seu futuro governo, poderá criar um Ministério para cuidar das causas indígenas. "E não será eu, um homem branco, ou uma mulher galega a comandar esse Ministério", destacou o pré-candidato.
Ele garantiu que tudo o que diga respeito aos povos indígenas não será feito sem consulta prévia. Assumiu, ainda, os erros do governo do PT, quando o país estava sob sua gestão, mas pediu a confiança dos povos para uma nova chance.
Na ocasião, as lideranças políticas indígenas entregaram ao ex-presidente uma carta pública com as principais demandas debatidas em cada região do Brasil e concentradas pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). Dentre as solicitações estão:
1. Garantia de Direitos Territoriais Indígenas, a demarcação e a proteção;
2. A retomada dos espaços de participação e controle social indígenas;
3. A reconstrução de políticas e instituições indígenas;
4. A interrupção da agenda anti-indigena no Congresso Nacional;
5. Defesa da agenda ambiental.
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