Mãe de Paulo Gustavo se manifesta sobre proibição do casamento gay: "Crime de homofobia"
Segundo ela, políticos estão usando "imunidade parlamentar" para serem homofóbicos
Déa Lúcia Amaral, mãe de Paulo Gustavo, humorista que faleceu em 2021 vítima da Covid-19, manifestou sua revolta nesta sexta-feira, 15, contra um projeto de lei que tenta proibir a união civil entre pessoas LGBTQIA+.
"Dissolução do casamento homoafetivo?????? Deputados se valem da imunidade parlamentar e cometem crime de homofobia", escreveu ela na legenda de uma foto tirada no casamento do humorista com o marido, Thales Bretas.
Projeto de Lei
O documento original foi apresentado pelo falecido deputado federal Clodovil Hernandes (1937-2009), em 2007, mas sofreu mudanças. Na época, o político propunha uma mudança no Código Civil para prever a possibilidade de união de duas pessoas do mesmo sexo por meio de um contrato sobre suas relações patrimoniais.
No entanto, o deputado Pastor Eurico trocou o texto, adotando sugestão dos ex-deputados Paes de Lira e Capitão Assumção para que a lei representasse o oposto do desejado. O novo texto diz que "nenhuma relação entre pessoas do mesmo sexo pode equiparar-se ao casamento ou a entidade familiar".
Os dois ex-deputados tentaram justificar o projeto com um argumento realmente homofóbico, de que "aprovar o casamento homossexual é negar a maneira pela qual todos os homens nascem neste mundo, e, também, é atentar contra a existência da própria espécie humana".