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Mãe denuncia racismo em loja após filho de 7 anos ser acusado de roubar doce

Giovanna Santos procurou a Polícia Civil após o ocorrido, que registrou a ocorrência apenas como "calúnia"

29 ago 2024 - 15h08
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Resumo
Giovanna Santos de Oliveira Brasil denuncia gerente de loja em São Paulo por racismo contra seu filho de sete anos. Caso ganha repercussão nas redes sociais.
Em um vídeo feito pela mãe, que aparece chorando na gravação, a criança declara que não roubou nada
Em um vídeo feito pela mãe, que aparece chorando na gravação, a criança declara que não roubou nada
Foto: Reprodução: Instagram/giiih_oliveira3

A comerciante Giovanna Santos de Oliveira Brasil, 25 anos, denuncia um gerente da loja Magic Doces, em São Paulo, por racismo. O filho de sete anos da mulher foi acusado de comer um pacote de bolachas sem pagar. O caso aconteceu na última quinta-feira, 22.

Em um vídeo feito pela mãe, que aparece chorando na gravação, a criança declara que não roubou nada. A família havia comprado mais de R$ 500 em doces para comemorar o aniversário do menino, que fez aniversário dois dias antes. As imagens ganharam repercussão nas redes sociais.

Vídeos das câmeras de segurança do local também mostraram o momento em que o gerente abordou a mãe, a criança e o pai, o vendedor ambulante Diego Brasil dos Santos, 29 anos, todos pretos. Eles estavam na fila do caixa quando tudo aconteceu.

Após acusar o menino de comer bolachas e esconder o pacote vazio atrás das prateleiras, o funcionário da loja disse que a cena foi visto pelas câmeras da empresa, segundo a família. Giovanna pediu as imagens e, após o gerente verificá-las, reformulou dizendo que foi engano e pediu desculpas.

"Isso nao pode acontecer, pelo amor de Deus. Eu quero justica. Nós somos negros, mas somos honestos. Isso foi racismo, preconceito", escreveu a mulher na legenda do vídeo que compartilhou nas redes sociais.

Mãe denuncia racismo em loja de SP após filho ser acusado de roubar doce:

Giovanna Santos procurou a Polícia Civil após o ocorrido, que registrou a ocorrência apenas como "calúnia" no 44º Distrito Policial (DP), Guaianazes, na zona leste da capital paulista. Ao Terra NÓS, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que o crime a ser apurado pode mudar ao longo das investigações.

"A investigação do caso prossegue pelo 54° DP (Cidade Tiradentes). Todas as imagens do local foram coletadas e são analisadas. A mãe do menor já foi notificada a prestar esclarecimentos, visando auxiliar na investigação. O inquérito apura o crime de calúnia, podendo ser alterado ao decorrer das investigações, conforme novas evidências", informou.

Magic Doces

A Magic Doces chegou a publicar um comunicado nas redes sociais, reconhecendo o erro do funcionário ao acusar o menino sem provas. A loja ainda afirmou que "não compactua, sob nenhuma circunstância, com atitudes discriminatórias ou preconceituosas".

"O funcionário envolvido está sendo orientado e, após a apuração completa dos fatos, sendo constatada qualquer irregularidade, todas as providências serão tomadas para que nenhuma outra ocorrência semelhante venha a ocorrer em nossa empresa", comentou a Magic Doces, em comunicado que havia sido retirado das redes sociais. 

A reportagem teve acesso ao posicionamento da loja por meio do advogado Alexandre Aivazoglou, que defende os interesses da Magic Doces. 

A Magic Doces afirmou que "não compactua, sob nenhuma circunstância, com atitudes discriminatórias ou preconceituosas"
A Magic Doces afirmou que "não compactua, sob nenhuma circunstância, com atitudes discriminatórias ou preconceituosas"
Foto: Arquivo pessoal

Crime de racismo

O crime de racismo está previsto na Lei 7.716/1989 com pena de reclusão de um a três anos e multa. O crime é imprescritível e inafiançável. De acordo com a lei, racismo é "praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional".

Saiba como denunciar 

Ao presenciar qualquer episódio de racismo, denuncie. Você pode fazer isso por telefone, ligando 190 (em caso de flagrante) ou 100 a qualquer horário; pessoalmente ou online, abrindo um boletim de ocorrência em qualquer delegacia ou em delegacias especializadas.

Saiba mais sobre como denunciar aqui.

7 tipos de racismo para não reproduzir 7 tipos de racismo para não reproduzir

Fonte: Redação Nós
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