Major da PM é denunciada por racismo após chamar atendente de lanchonete de "mucama"
Caso aconteceu na última sexta-feira, 8, em uma lanchonete dentro da academia BodyTech na Zona Oeste do RJ
Na última sexta-feira, 8, uma major da Polícia Militar chamou uma atendente de uma lanchonete, localizada dentro da academia BodyTech no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio, de "mucama". A vítima registrou um boletim de ocorrência contra a major pelo crime de racismo.
De acordo com a vítima de 33 anos, a mulher e uma amiga pediram um café e um capuccino. Em seguida, a oficial disse "mucama, traz meu café" e ainda repetiu o termo "mucama" mais três vezes. Ela também reclamou sobre a pessoa que aboliu a lei da escravidão no Brasil, se referindo à Lei Áurea. As informações são do site g1.
O termo "mucama" é uma expressão racista que se refere a pessoas negras escravizadas que realizavam serviços domésticos.
Em nota enviada ao Terra NÓS, a Polícia Civil comunicou que o caso foi registrado como racismo. "O caso será investigado pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). Diligências estão em andamento para apurar o ocorrido", informou.
A Corregedoria da Polícia Militar abriu um procedimento apuratório para analisar o caso, de acordo com o g1. A reportagem do Terra NÓS também entrou em contato com a corporação para mais esclarecimentos, ea matéria será atualizada caso retornem.
A academia BodyTech disse que "repudia todo e qualquer ato de racismo dentro ou fora de suas instalações" e que irá cooperar com as autoridades. Segundo eles, a major se desligou da academia.
Crime de Racismo
O crime de racismo está previsto na Lei 7.716/1989 com pena de reclusão de um a três anos e multa. O crime é imprescritível e inafiançável. De acordo com a lei, racismo é "praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional".
Racismo é crime. Saiba como denunciar 👇
Ao presenciar qualquer episódio de racismo, denuncie. Você pode fazer isso por telefone, ligando 190 (em caso de flagrante) ou 100 a qualquer horário; pessoalmente ou online, abrindo um boletim de ocorrência em qualquer delegacia ou em delegacias especializadas.
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