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Malala se junta a protesto pelo clima e ressalta importância para educação de meninas

"Meninas são as mais impactadas: são as primeiras a abandonar as escolas e as últimas a voltar"

10 jun 2022 - 11h22
(atualizado às 12h54)
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Malala Yousafzai em evento sobre educação em Paris
 5/7/2019 Christophe Petit Tesson/Pool via REUTERS
Malala Yousafzai em evento sobre educação em Paris 5/7/2019 Christophe Petit Tesson/Pool via REUTERS
Foto: Reuters

A luta contra as mudanças climáticas também é uma luta pelo direito à educação de meninas, uma vez que milhões delas perdem acesso às escolas devido a eventos relacionados ao clima, disse à Reuters a ganhadora do Prêmio Nobel da Paz Malala Yousafzai nesta sexta-feira.

Mala fez os comentários do lado de fora do Parlamento sueco, onde se juntou às ativistas ambientais Greta Thunberg e Vanessa Nakate em um dos protestos climáticos de sexta-feira, que acontecem todas as semanas desde 2018 e desencadearam um movimento global.

Em 2012, Malala, de 24 anos, sobreviveu a um disparo na cabeça por um atirador do Taliban paquistanês depois de sua campanha contra os esforços do Taliban para negar educação às mulheres. Posteriormente, ela se tornou a mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz por sua defesa da educação.

"Devido a eventos relacionados ao clima, milhões de meninas perdem o acesso às escolas. Eventos como secas e enchentes afetam diretamente as escolas, os deslocamentos", disse Malala em entrevista.

"Por isso, as meninas são as mais impactadas: são as primeiras a abandonar as escolas e as últimas a voltar."

Durante a manifestação, Malala Yousafzai contou uma história de como sua própria educação foi interrompida pelas mudanças climáticas quando sua escola e muitas outras na localidade foram inundadas.

Malala, Venessa Nakate e Greta Thunberg enfatizaram como as mulheres, especialmente as dos países em desenvolvimento, são desproporcionalmente afetadas pela crise climática e podem ser parte da solução se forem capacitadas pela educação.

"Quando meninas e mulheres são educadas, isso ajuda a reduzir as emissões de gases de efeito estufa, ajuda a construir resiliência e também ajuda a reduzir as desigualdades existentes que tantas mulheres e meninas enfrentam em diferentes partes do mundo", disse Venessa, de 25 anos, ativista de Uganda.

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