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Mariana Goldfarb conta como saiu de relacionamento abusivo: "Botei tudo em saco de lixo"

A apresentadora também aconselhou outras mulheres a ficarem atentas aos sinais de uma relação abusiva

19 nov 2024 - 10h37
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Mariana Goldfarb refletiu sobre o erro de sempre buscar validação externa, o que, segundo ela, a tornou um alvo vulnerável para o parceiro controlador
Mariana Goldfarb refletiu sobre o erro de sempre buscar validação externa, o que, segundo ela, a tornou um alvo vulnerável para o parceiro controlador
Foto: Reprodução: Instagram/marianagoldfarb

A modelo e apresentadora Mariana Goldfarb contou como foi viver um relacionamento abusivo. Em entrevista ao podcast “Bom dia, Obvious”, ela comentou que também foi vítima de violência psicológica. Mariana revelou que, durante o relacionamento, sentia-se extremamente solitária e afastada dos outros, e desabafou sobre a dificuldade de fazer com que as pessoas compreendessem o que estava vivenciando.

"A agressão psicológica não deixa marca visível. Fica difícil mostrar que você está passando por certas coisas, ou que passou por certas coisas, porque a olho nu você não consegue ver", afirmou.

Ela também contou o que enfrentou durante a relação, como as inúmeras noites em claro. "Era tão infernal a tortura psicológica, os tratamentos de silêncio eternos, aquela confusão mental, as noites sem dormir, o olho termendo, cabelo caindo. Você não pensa em mais nada, o seu dia é cem por cento tomado em como fazer aquela pessoa te amar de novo".

Em seguida, Mariana refletiu sobre o erro de sempre buscar validação externa, o que, segundo ela, a tornou um alvo vulnerável para o parceiro controlador. "Nesse momento, a gente se abre, a gente se vulnerabiliza, a gente fica exposta. Mas o jogo começou muito antes, porque ele te escolheu, ele já foi em você sabendo onde é que ele estava indo”.

“Eu abri espaço, abri brecha na minha vida por não me conhecer bem. Tinha uma essência muito forte na época, mas a opinião alheia e a sociedade já me influenciavam muito. Era a garota ingênua, que ainda acreditava no romance, no filme, no homem que vai vir no cavalo branco. Tinha isso, essa parte morreu", acrescentou.

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Sinais e término

A apresentadora orientou outras mulheres a ficarem atentas aos sinais de um relacionamento abusivo. “O desconforto constante, a sensação de não saber a realidade, acho que vai dando uma angústia. Lembro de estar muito angustiada, de não ter respostas, de não entender o porquê das explosões. É nisso que a gente tem que prestar atenção, nos gritos, na bateção de porta, em jogar alguma coisa na sua direção”.

Ela contou que conseguiu deixar o relacionamento ao procurar ajuda profissional e se aprofundar no tema.

“Fui embora, falei: 'A gente conversa mais tarde'. Peguei tudo, botei tudo em saco de lixo, liguei para minha irmã, ela foi comigo, não estava conseguindo levantar do chão. Terminar nessa situação já é quase um ato heroico, me sinto uma heroína. Fui bem fria no sentido de que falei que não iria levar nada, vou começar do zero, mas vou me ter e vou existir”.

“É melhor do que virar um fantasma na sua própria casa, não se reconhecer, não olhar no espelho, não ter dignidade. Moro numa casa muito menor, mas moro muito bem, minha casa tem paz”, finalizou.

Fonte: Redação Nós
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