Marido da cigana Hyara Flor, adolescente morta na Bahia, é apreendido pela polícia
O principal suspeito pelo crime é o marido de Hyara, também um adolescente, de 14 anos
O marido da cigana Hyara Flor Santos Alves, de 14 anos, foi apreendido nesta quarta-feira, 26, em Vitória, capital do Espírito Santo. A informação foi dada primeiramente pelo pai da menina, Iago Cigano, em uma rede social.
A Polícia Civil da Bahia confirmou a prisão. Em nota, a corporação afirmou que o adolescente foi apreendido em uma ação de uma força tarefa da Polícia Federal e demais forças de segurança.
"O adolescente foi apresentado na Delegacia Especializada do Adolescente em Conflito com a Lei, naquele estado. Demais detalhes da ação e dos desdobramentos do caso ainda não estão disponíveis", finaliza a nota.
Segundo Iago Cigano, os pais do menino teriam sido presos também. Ele explicou que sua advogada, Janaína Panhossi, estava em contato com o delegado para colher mais informações sobre as prisões.
Relembre o crime
Hyara Flor foi morta a tiros em Guaratinga, interior da Bahia, no dia 6 de julho. O principal suspeito pelo crime é o marido da adolescente, um adolescente também de 14 anos com quem ela estava casada há apenas dois meses. Ele fugiu logo após a morte da vítima acompanhado dos seus pais.
Ao Terra, a advogada Janaína Panhossi, que representa a família da vítima, afirmou que pai e familiares de Hyara não acreditam em tiro acidental.
De acordo com a advogada, ainda não é possível dizer ao certo como o crime aconteceu. O que se sabe é que Hyara levou um tiro no rosto enquanto estava na casa em que morava com o marido - que terá o nome preservado por ser menor de idade -, com quem se casou há cerca de 40 dias.
Janaína explica que o casamento foi uma cerimônia simbólica, da cultura cigana. Os dois não eram casados no civil, apesar de já morarem juntos e viverem como tal. A casa de Hyara e do marido era conjugada, e abrigava também a família dele. Todos fugiram logo após o crime.
"O que causou estranheza é que eles não ficaram nem para prestar socorro", disse Janaína, ao explicar porque a família não acredita na hipótese de que o tiro tenha sido acidental.