Médico é suspeito de inserir comprimidos abortivos escondido em parceira grávida durante relação
A mulher, que também é médica, perdeu o bebê; caso aconteceu em Goiás e segue sendo investigado
Um médico de 25 anos foi denunciado por sua então companheira, outra médica de 27 anos, de inserir comprimidos abortivos em sua vagina durante relação sexual em um quarto de hotel de Pirenópolis, em Goiás. Ela estava grávida de quatro meses e acabou perdendo o bebê. O caso aconteceu na última terça-feira, dia 29. A Polícia Civil confirmou a ocorrência ao Terra e a vítima deu seu depoimento em exclusividade ao portal Goiás 24 horas.
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ATENÇÃO: CONTEÚDO SENSÍVEL
De acordo com o relato da mulher ao Goiás 24 horas, ela descobriu estar grávida há três meses e contou para o homem. Segundo ela, ele não queria ter o filho e disse que o melhor seria abortar a criança. Ela então falou que queria terminar a relação e ter o bebê. Mas, após isso, o médico teria aparecido dizendo que estava arrependido e a chamou para uma viagem, em Pirenópolis.
Foi no hotel, então, que mulher contou ter desconfiado que ele tivesse introduzido comprimidos abortivos nela durante uma relação sexual. Ela se sentiu desconfortável e pediu para que ele parasse. “E ele continuava”, disse.
Após isso eles teriam brigado e ela conseguiu sair do quarto, que estava trancado. “Saí e procurei ajuda na recepção e falei que estava sendo agredida e a moça me colocou em outro quarto. Telefonei para minha irmã, e ela me buscou. Quando chegamos em Goiânia era tarde, os comprimidos fizeram efeito e o meu bebê estava morto. Me despedi do corpinho chorando, meu bebê”, relatou ao veículo.
“Minha família e eu cuidaríamos dele. Lá em casa já tinha sugestão de nomes se for menino ou menina, as roupinhas, as cores, tudo. E acabou. Ele destruiu a vida de um bebê indefeso e nos feriu muito”, também disse a mulher.
Ao Terra, a Polícia Civil informou que a investigação teve início no último dia 29, quando a mulher acionou a autoridade policial após ter sido vítima da ação criminosa. Ainda de acordo com a polícia, a “versão verificada” até o momento é de que o investigado e a gestante tinham um relacionamento amoroso casual. Até que, após engravidar, o suspeito teria “ficado contrariado.”
“As perícias cabíveis já foram requisitadas e ainda estamos aguardando os laudos. Diversas diligências já foram realizadas pela polícia judiciária visando a elucidação dos fatos. As investigações seguem sob sigilo”, complementa a Polícia Civil, em nota.
O caso segue em investigação pela Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher (DEAEM), por meio de inquérito policial.
A reportagem acionou o Conselho de Medicina de Goiás em busca de um pronunciamento sobre o caso do médico, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O Terra não localizou a defesa do suspeito. O espaço segue aberto.
Em caso de violência contra a mulher, denuncie
Violência contra a mulher é crime, com pena de prisão prevista em lei. Ao presenciar qualquer episódio de agressão contra mulheres, denuncie. Você pode fazer isso por telefone (ligando 190 ou 180). Também pode procurar uma delegacia, normal ou especializada. Saiba mais sobre como denunciar aqui