México terá a 1ª mulher presidente na história; confira as 7 mulheres já eleitas na América Latina
Neste domingo, 2, os mexicanos vão eleger uma mulher para a presidência; Claudia Sheinbaum e Xóchitl Gálvez lideram as pesquisas
Ao todo, sete mulheres já foram eleitas como presidentes na América Latina e duas mulheres ainda governam no momento: em Honduras e Peru.
O México se prepara para levar uma mulher à presidência pela primeira vez. Em um país onde os índices de violência de gênero são alarmantes, essa é uma das maiores eleições da história mexicana.
Física e ex-prefeita da Cidade do México, a candidata de esquerda Claudia Sheinbaum, de 61 anos, é a favorita para governar até 2030. Ela lidera as pesquisas de intenção de voto, à frente da adversária Xóchitl Gálvez, também de 61 anos, uma política de centro-direita e empresária de raízes indígenas.
Em toda a América Latina, sete mulheres já foram eleitas como presidentes. Apesar dos avanços femininos na política, é um número inexpressivo quando se comparado ao grupo de homens que ocuparam e ocupam esse lugar no Poder Executivo. Confira abaixo quem são elas:
Dilma Rousseff (Brasil)
Em janeiro de 2011, o Brasil vivia um momento histórico. Era posse de Dilma Rousseff na presidência, sendo a primeira mulher a assumir o cargo no país. Depois, foi reeleita em 2014. Na juventude, Dilma lutou contra a Ditadura Militar e chegou a ser torturada, sendo um símbolo de resistência contra a opressão na época.
Michelle Bachelet Jeria (Chile)
A militância durante a Ditadura também faz parte do histórico de outra figura feminina importante na América Latina: a médica Michelle Bachelet Jeria, a primeira mulher eleita presidente do Chile, em 2006 (com segundo mandato em 2014). Em sua carreira política, chegou a contrariar o eleitorado conservador ao liberar a distribuição da pílula do dia seguinte para vítimas de violência sexual.
Violeta Barrios de Chamorro (Nicarágua)
A jornalista Violeta Barrios de Chamorro, da Nicarágua, carrega um marco. Em 1990, era a primeira mulher latino-americana eleita presidente. De família com muitos recursos, foi educada no exterior e entrou na política após o assassinato do marido, Pedro Joaquín Chamorro, editor de um jornal oposicionista.
Mireya Moscoso (Panamá)
Mireya Moscoso foi eleita no Panamá em 1999. Estava à frente do poder quando os Estados Unidos devolveram o Canal do Panamá a seu país e seguiu governando até 2004.
Cristina Kirchner (Argentina)
Já Cristina Fernández de Kirchner foi eleita pelo voto direto na Argentina, vencendo as eleições em 2007, ainda no primeiro turno. Seu governo ficou marcado por políticas de combate à pobreza e pela defesa dos direitos humanos.
Laura Chinchilla Miranda (Costa Rica)
Na mesma década, em 2010, a cientista política Laura Chinchilla Miranda vencia a disputa pela presidência na Costa Rica, sendo a primeira mulher do país a ocupar o cargo.
Nomes como Lídia Gueller (Bolívia), Janet Jagan (Guiana) e Isabelita Perón (Argentina), por exemplo, chegaram à presidência, mas não por meio de eleições. Elas assumiram interinamente ou depois da morte de seus maridos.
Xiomara Castro de Zelaya (Honduras)
Do partido de esquerda Liberdade e Refundação (Libre), Xiomara Castro de Zelaya venceu as eleições em Honduras, tornando-se a primeira mulher a comandar o país desde 2022.
Duas mulheres governam atualmente na América Latina
Há países que nunca tiveram uma mulher na liderança, nem temporariamente, como é o caso de Colômbia, Cuba, Equador, Guatemala, Paraguai, Uruguai e Venezuela.
Sem contabilizar o México – que está prestar a eleger a primeira presidente –, dentre os 20 países que compõem a América Latina, hoje, apenas duas mulheres estão no poder: em Honduras e no Peru.
Em 2022, a advogada Dina Boluarte se tornou a primeira presidente do Peru – ela passou a presidir o país após a destituição do ex-presidente Pedro Castillo.